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Bolívia não trata Mato Grosso como prioridade no abastecimento de gás

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O diretor Comercial e Regulatório da Empresa Produtora de Energia (EPE), Fábio Garcia, revelou nesta terça-feira, durante audiência com os deputados na Asembléia Legislativa para prestar esclarecimentos quanto à situação de fornecimento de gás natural à termelétrica instalada em Cuiabá, denominada Mário Covas, que o mercado de Mato Groso não é prioridade para a Bolívia. Ele defendeu a necessidade de um esforço concentrado entre os Poderes Executivo e Legislativo, em âmbito estadual e federal, para que Mato Grosso se torne um mercado “atraente” ao fornecimento do gás natural e reverta a atual situação.

Garcia explicou sobre as prioridades na distribuição do gás natural pela Bolívia, após um breve histórico sobre a vinda do produto para consumidores cuiabanos “visando a necessidade de uma solução definitiva para energia elétrica em Cuiabá”. A EPE prevê a ativação da usina termelétrica em Cuiabá com capacidade de atendimento de até 70% da demanda do Estado. No projeto, os gasodutos são capazes de trazer a Cuiabá cerca de 7 milhões de m3 do produto à capital mato-grossense.

“Precisamos estar alinhados com o Governo Federal para garantir a disponibilidade do gás natural. É importante lembrar que o mercado de Mato Grosso não é prioridade para a Bolívia” – explicou. “Volto a afirmar que a grande questão é ter assegurada a manutenção do abastecimento, e é por isso que estamos trabalhando para a assinatura do contrato definitivo” – reiterou. Fábio Garcia citou como exemplo o contrato de gás entre a Bolívia e a Argentina. Ele lembrou que esse contrato foi feito posteriormente ao fechado com o Brasil. Contudo, o país vizinho conta com garantias no fornecimento.

O deputado Carlos Avalone (PSDB), explicou que a grande preocupação é que a paralisação da distribuição do gás pelo governo boliviano comprometa a população da Baixada Cuiabana. “O corte no abastecimento poderá prejudicar o Estado, sim. Não podemos assistir a tudo isso sem um posicionamento firme”, afirmou Avalone. Sérgio Ricardo (PR), presidente do Legislativo, por sua vez, deixou clara a importância do gás natural tanto para a economia do Estado, quanto para o desenvolvimento estadual da renda do cidadão mato-grossense, tendo em vista o baixo custo do produto. As discussões, segundo o presidente, é quanto às relações com a Bolívia, país que fornece o produto ao Brasil, e as alternativas para a continuidade no abastecimento e a manutenção da priorização do Estado.

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