A trégua dos mercados internacionais aliviou a pressão sobre o dólar nesta quinta-feira. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,90 por cento na sessão menos volátil desde que reacenderam as preocupações com o mercado de crédito norte-americano.
A divisa encerrou a 1,876 real, depois de operar abaixo de 1,88 real desde a abertura.
O clima mais ameno em Wall Street possibilitou a queda do dólar, incentivada pela contínua entrada de divisas no país.
“O dólar… tem tudo para cair. Os fundamentos não mudaram, nada mudou internamente”, disse Marcos Forgione, analista da Hencorp Commcor Corretora, para quem a turbulência no exterior deve diminuir à medida que for calculada a intensidade dos problemas no setor de crédito norte-americano.
Os mercados em Nova York diminuíram o foco sobre esse tema depois que a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de 2,4 bilhões de dólares em títulos de financiamento imobiliário de alto risco vendidos por Barclays, Merrill Lynch e Credit Suisse.
Segundo Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO, o montante corresponde a uma parcela pequena do mercado de crédito dos EUA, o que ajudou a esfriar o temor dos investidores.
A pouco menos de uma hora para o fim dos negócios, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista que teve pouca influência sobre a cotação. Na operação, a autoridade monetária definiu corte a 1,8730 real e aceitou, segundo operadores, ao menos seis propostas.