O plantio de soja transgênica pode diminuir em Sorriso, maior produtor brasileiro da oleaginosa. De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Nelson Picolli, nesta semana, durante um encontro promovido pela Fundação MT, os produtores deverão definir qual será a tendência de plantio na safra 2007/2008.
“Na época da colheita eu estive conversando com alguns produtores que plantaram variedades transgênicas e falava-se em diminuição, porque eles estavam descontentes com a produtividade alcançada, que não compensava os custos. O aumento do glifosato, um dos principais insumos, em cerca de 30% no preço em dólar, também é um dos fatores que pode levar à diminuição da área”, argumentou.
Os produtores sorrisenses cultivaram cerca de 580 mil hectares de soja nesta safra e o Sindicato Rural estima que de 10 a 12% da área foi destinada a variedades transgênicas. A produção total estimada é de 1,7 milhão de toneladas.
Segundo os especialistas, a soja transgênica não resulta em aumento de produtividade das lavouras, mas dá mais flexibilidade ao produtor ao racionalizar tratos culturais e diminuir riscos e custos. Porém a comercialização se mostrou mais complicada. Algumas tradings que não estão adquirindo soja geneticamente modificada.
A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) estima que cerca de 25% da área total de Mato Grosso, na última safra, foi transgênica e com sementes oficiais, percentual que foi de 5% na safra 2005/06.