Maior economia e aproveitamento de energia elétrica e menor impacto ambiental. Questões antes pautadas apenas em reuniões de grandes empresas tornaram-se preocupações mundiais, principalmente porque estão diretamente relacionadas a um dos mais graves problemas que assolam a humanidade: o aquecimento global. Diante desta realidade, governos, instituições, ONGs, indústrias e até mesmo pessoas comuns vêm realizando trabalhos em prol da conscientização e, no Brasil, a situação não é diferente. Um exemplo disso é o convênio firmado entre a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e Eletrobrás, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), intitulado ‘eficiência energética nos sistemas motrizes’.
É desenvolvido nos Estados brasileiros, com o apoio e incentivo das federações, e tem como objetivo conscientizar a indústria a utilizar a energia de forma mais eficiente. “Este convênio com a Fiemt, que representa um acordo cooperativo técnico-financeiro, já está sendo aplicado nas indústrias de Mato Grosso desde 2003”, pontua o chefe da Divisão de Projetos Setoriais de Eficiência Energética, Fernando Dias Perrone. Segundo ele, o convênio contempla a capacitação de técnicos para promover a otimização de sistemas motrizes industriais.
A primeira etapa iniciou em 2003 e foi finalizada em janeiro de 2005. O start da segunda foi dado em outubro de 2005 e tem data prevista para término em outubro deste ano. “A primeira etapa foi de sensibilização do tema em diversos níveis industriais, quando multiplicadores, professores e consultores foram capacitados para propagar o conceito do programa”, ressalta Perrone. De acordo com ele, nessa fase foram atendidas 46 indústrias, nas quais 19 multiplicadores disseminaram conhecimentos para 246 profissionais. Na segunda etapa (que ainda está em andamento), 43 empresas já foram contempladas e outros 186 técnicos receberam as instruções.
Dois laboratórios, um no Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-MT) e outro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), também foram equipados para capacitar a mão-de-obra local. “A contrapartida das instituições é apenas aplicar a ciência e tecnologia na região, a fim de assegurar que os alunos possam participar de treinamentos com qualidade, com o objetivo de conscientizar a indústria a utilizar a energia de forma mais eficiente.
Segundo a coordenadora da Unidade de Competitividade Industrial (Compi) da Fiemt, Elizabeth Amiden, Mato Grosso foi uma das primeiras regiões a firmar o convênio com a Eletrobrás. “Por ser um dos precursores, o Estado foi responsável por algumas adequações realizadas no programa. Essa troca de experiências é fundamental para o bom andamento do PROCEL e sucesso do convênio entre Fiemt e Eletrobrás, que tem como conseqüência somente benefícios ao setor industrial”, comenta.