A termelétrica Mário Covas, em Cuiabá, fechou na noite de quinta-feira na Bolívia um acordo com o governo local para fornecimento firme de 1,1 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia até 2009, quando o país vizinho terá que retornar ao contrato original de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia, informou à Reuters o Ministério de Minas e Energia do Brasil.
A unidade, que gera 480 megawatts, chegou a sair de operação no dia 17, depois que a Bolívia alegou problemas técnicos e reduziu o envio de gás.
As duas partes negociavam na época um novo contrato, elevando o preço de cerca de 1 dólar o milhão de BTU (unidade térmica britânica, na sigla em inglês) para 4,20 dólares o milhão de BTU.
“O novo preço será retroativo a 15 de maio e vai garantir o envio de 1,1 milhão de BTUs firmes até 2009”, informou um assessor do ministério.
Apesar de a termelétrica pertencer integralmente à Ashmore Energy International, que comprou em maio a parte de 50 por cento da Shell na unidade, o governo boliviano pediu a participação do governo brasileiro nas negociações.
O secretário de Energia do minsitério, Ronaldo Schuck, foi o representante do governo na finalização do acordo, informou o ministério.