De hoje a 15 de setembro, está proibido o plantio da soja em Mato Grosso. Esse período é considerado o vazio sanitário e a soja irrigada nao será permitida. É o segundo ano consecutivo que o Estado – um dos pioneiros, juntamente com Goiás – adota a medida, com objetivo de reduzir a ferrugem asiática. Os produtores são obrigados a destruírem qualquer resquício de soja plantadas nas propriedades. A preocupação do Ministério da Agricultura é evitar a disseminação da ferrugem asiática.
Uma das principais alternativas para essa época, no Nortão, é o feijão. No ano passado, o plantio de feijão quase triplicou na região Norte, com a determinação do Vazio sanitário. Porém neste ano, como o produtor ainda está colhendo algodão, nas áreas irrigadas, o plantio de feijão deve deve cair considerávelmente. “Tivemos um atraso na colheita do algodão e acredito que vamos plantar cerca de 10% da área que plantamos no ano passado”, disse o produtor sorrisense Augusto Áscoli.
Só Notícias apurou que de Nova Mutum a Tabaporã, são 104 pivôs de irrigação instalados, o que dá uma área irrigada de 11 mil hectares. A maioria dos pivôs está instalada em Sorriso e Lucas do Rio Verde. “Quem vai plantar feijão, deve aproveitar o período após a colheita do algodão, em agosto. Mas acho que a maioria vai preparar a terra e esperar para plantar soja”, disse Áscoli.
Quem insistir em plantar soja nesse período, pode ser multado e ter as plantações destruídas . Pesquisas apontaram que no período do vazio a incidência do problema nas lavouras diminuiu. Atualmente outros três Estados já implantaram a medida, sendo Mato Grosso do Sul, Maranhão e, mais recentemente, São Paulo.
Apenas centros de pesquisas que tem autorização do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) podem cultivar a oleaginosa nesse período. Em todo o Estado, 9 instituições conseguiram a liberação para a manutenção da soja em 360 hectares. Entre elas, estão as que mantém projetos de pesquisas em quatro áreas, restritas para experimentos, de Sorriso e uma de Sinop.