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Exportações de Mato Grosso têm incremento tímido, mas indústria amplia participação

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O setor industrial teve uma participação significativa no aumento das exportações de Mato Grosso nos quatro primeiros meses de 2007. É o que revela a balança comercial de abril, divulgada hoje pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). Foram comercializados US$ 1.442 bilhões, ante os US$ 1.412 bilhões do mesmo período de 2006. Mesmo com um incremento tímido (2%), o desempenho foi considerado satisfatório pelos industriais.

Produtos industrializados como a carne, madeira, couro, alimentos e bebidas são os destaques do período. Até abril deste ano, a participação destes nas exportações apresentou um aumento de 23%, que corresponde a US$ 184 milhões, ante os US$ 149 milhões do mesmo período de 2006. O couro apresentou a maior valorização no mercado internacional. Este ano, o produto foi comercializado a US$ 4,27, enquanto que no mesmo período do ano passado ele custava US$ 2,78.

A soja continua sendo o carro-chefe das exportações, com a comercialização de US$ 1.012 bilhões. O montante representa 70% das vendas totais, embora apresente uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2006. “O fato da soja não ter sido embarcada aos seus destinos comerciais resultou neste desempenho negativo. A partir de maio e junho, a comercialização do produto se estabelece novamente”, avalia o presidente da Fiemt, Mauro Mendes.

A carne é o segundo produto da pauta, com US$ 225 milhões comercializados. O montante é 76,6% superior ao valor do ano passado, ou US$ 127 milhões. “A expansão do mercado internacional consumidor e o aumento das exportações para os mercados tradicionais foram responsáveis pelo incremento do produto”, revela o presidente da Fiemt. A carne bovina é a que tem maior saída (12,6% do total), seguida da carne de ave (1,97%) e da carne suína (1%).

Mesmo ficando atrás nas vendas em relação à carne bovina e de aves, a carne suína vem surpreendendo o setor frigorífico, com um aumento de 1.840% nas exportações. No primeiro quadrimestre de 2007 foram comercializados US$ 14 milhões, ante os US$ 750 mil do mesmo período do ano passado. “É uma participação pequena, mas que tem grande potencial para crescer e aumentar este número”, afirma o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo.

O milho, que representa 2% das exportações totais, apresentou um crescimento de 193% em relação ao primeiro quadrimestre de 2006. Foram US$ 29 milhões, ante os US$ 10 milhões do ano passado. “O Brasil, especialmente Mato Grosso, começa a ganhar espaço no mercado internacional na venda do milho. O cenário econômico mundial busca novos países produtores deste item”, explica o presidente da Fiemt.

A madeira vem retomando seu lugar no ranking das exportações do Estado. Em relação a 2006, as vendas externas nos quatro primeiros meses deste ano aumentaram 35%. A venda de US$ 63 milhões da madeira em 2007 revela uma recuperação do setor, ante os US$ 46 milhões de 2006. A madeira beneficiada, como o compensado e perfilado, teve um crescimento de 65% na participação das vendas totais do produto. “Este fato demonstra novamente que a indústria está aumentando seu desempenho nas exportações, o que anima o setor”, avalia Mendes.

Os dados da balança comercial foram apresentados hoje (21.05), pela Fiemt e Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), na sede da Federação das Indústrias. O evento contou com a participação do presidente da Fiemt, Mauro Mendes; o gestor de Comércio Exterior da Sicme, Paulo Henrique da Cruz; o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiemt, Emerson Moura e o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo Ribeiro.

IMPORTAÇÕES – Mato Grosso importou US$ 202 milhões nos quatro primeiros meses de 2007. Em relação ao ano passado, as importações apresentaram um aumento de 130%, devido a desvalorização do dólar em relação à moeda brasileira. De acordo com o assessor econômico da Fiemt, se por um lado a modernização das empresas com equipamentos e tecnologias é um sinal positivo, a abertura do mercado para produtos industrializados acabados é preocupante. “Produtos têxteis como tecidos e roupas estão vindo de fora e isto prejudica nosso setor do vestuário”, destaca. A maior importação continua sendo a de insumos agrícolas, com cerca de US$ 166 milhões, ou 85% do total importado

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