Indústrias madeireiras ainda esperam um parecer do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre as alterações na resolução 196, que entrou em vigor em janeiro e normatiza o transporte de toras em rodovias asfaltadas. Sem respostas, algumas estão adaptando seus veículos para evitarem multas e apreensões.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, o setor continua cobrando. “Mas não é fácil já que são critérios de segurança”, ponderou. Ele explica que algumas das regras não se adaptam a realidade da região, que é de floresta nativa. Entre as propostas está a redução na altura dos fueiros (ferros na lateral da carroceria) e maials (proteção atrás da gabine). “Somente para este, é necessário o investimento de R$ 5 mil por cada bi-trem”, acrescentou.
Alguns caminhões já teriam sido detidos na região por não cumprirem as determinações. Atualmente, grande parte da matéria-prima utilizada pelo setor em Sinop e região vem do Pará, pela BR-163, e muitos podem enfrentar problemas caso as medidas não sejam tomadas.
O descumprimento pode resultar em multas e perda de pontos na CNH de motoristas, além da retenção de carretas e caminhões.