Das 3.971 reclamações registradas nos três primeiros meses do ano à Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon), 1.557 são do setor de ‘serviços essenciais’, que lidera o ranking com 39,21%. A maioria dos consumidores se queixa de cobranças indevidas e abusivas dos serviços de telefonia celular (558) e fixa (288), além de terem dúvidas sobre o valor das faturas de distribuição de água (164) e energia elétrica (145).
Em segundo lugar, com 32,21% dos registros, está o setor de ‘produtos’. Pelo não cumprimento da garantia e falta de peça de reposição, o aparelho de telefone (589), convencional ou móvel, é o mais reclamado. Os aparelhos de DVD (74), televisores (69), de som (54) e geladeiras (51) também estão entre os produtos com maior índice de reclamação.
Com 19,09% (758) dos registros, o setor de ‘assuntos financeiros’ aparece em terceiro lugar no ranking do Procon. Os bancos comerciais e os cartões de crédito e lideram o número de queixas do setor 207 reclamações cada. Os consumidores reclamaram de cobranças indevidas e abusivas de taxas e pelo não cumprimento, alteração e rescisão dos contratos firmados.
Em quarto lugar na colocação, o setor de ‘serviços privados’ obteve 7,61% (302) das reclamações. Pelo não envio de documentos, as escolas de ensino superior e de 1º e 2º graus (68) são as mais reclamadas deste setor. Em seguida estão os estabelecimentos comerciais (47), por cobranças indevidas ou abusivas e publicidade enganosa.
O setor de ‘saúde’ está em quinto lugar com 1,59% (63) dos registros. Os consumidores reclamam do não cumprimento da oferta e de irregularidades nos contratos firmados com os convênios de assistência médica e odontológica (19). Empatados como segundo mais reclamado deste setor, estão os planos de saúde (15) e, também, odontológicos (15).
Em sexto e sétimo lugares do ranking estão, respectivamente, os setores de ‘habitação’ (0,2% – 08) e ‘Alimentos’ (0,1% – 04). Em ‘habitação’, a maioria dos consumidores reclama de cobranças indevidas ou abusivas de taxas em loteamentos (04). Já em ‘alimentos’, as queixas se referem ás cobranças de couvert artístico e 10% do garçom dos restaurantes.
O número de atendimentos feitos pelo Procon aumentou em 25% em 2007. Enquanto 2.997 reclamações foram registradas nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2006, foram 3.971 no mesmo período deste ano, ou seja, 974 atendimentos a mais.
De acordo com o superintendente Angelo Boreggio, este aumento se deve a tomada de consciência dos consumidores quanto aos seus direitos. “A educação para o consumo sempre foi a prioridade do Procon e agora colhemos o resultado deste trabalho. Os consumidores mato-grossenses estão mais exigentes e cobram, além de bom preço e facilidades de pagamento, a qualidade dos serviços e produtos que lhes são oferecidos”, concluiu.