A Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) continua inspecionando documentação, endereços e outros dados de madeireiras na região para identificar e eliminar as fantasmas que causam concorrência desleal às indústrias em atividade, além de não arrecadare impostos e outras irregularidades. No mês passado, segundo o diretor em Sinop, Paulo Winter, foi descoberta uma empresa fantasma, que tinha o endereço de outra madeireira, que atuava legalmente no município. Ele informou que o processo ainda está em andamento e os responsáveis devem ser punidos.
Apesar deste caso, o diretor explica que poucas irregularidades são encontradas no setor, já que a fiscalização está mais rigorosa e também o novo sistema implantado no Estado permite um controle mais eficiente da exploração florestal.
Indústrias da região também devem passar pela operação ‘Cupim’, que começou em janeiro e visa regularizar os estoques de produtos florestais de empresas que comercializam ou armazenam madeira. São vistoriadas todas as cadastradas no Cadastro de Consumidores de Matéria-Prima de Origem Florestal CC-SEMA e as que ainda estão irregulares. “É conferido se o estoque que ela possui bate com o saldo no cadastro”, explicou Winter, ao Só Notícias.
Pela lei, as pessoas físicas e jurídicas que extraiam, coletem, beneficiem, transformem, industrializem, comercializem, armazenem e consumam produtos, subprodutos ou matéria-prima originária de qualquer formação florestal, devem ser cadastradas na Sema.
Alguns municípios da região já foram vistoriados, como Juara, Tabaporã e Porto dos Gaúchos, em que foram apreendidos cerca de 2 mil metros cúbicos de madeira. Em todo o Estado, são 980 empreendimentos cadastrados que devem passar pela operação. Só na região de Sinop, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad) possui 135 associados.