Responsável por grande parte das exportações sinopenses, movimentando U$$ 38 milhões em 2006 (89% do volume total), o setor madeireiro tem sido afetado pela queda na cotação da moeda norte-americana nos últimos meses. Ontem, o dólar fechou a R$ 2,04, o menor patamar dos últimos seis anos. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, declarou, ao Só Notícias, que depois de passar por dois anos em crise, as indústrias estão tentando minimizar os prejuízos. “O que está dando equilíbrio ao setor são as exportações. Mas o dólar nesta cotação está tendo um reflexo muito grande nos ganhos das madeireiras que estão deixando de ganhar dinheiro”, destacou, em entrevista ao Só Notícias. Atualmente, cerca de 50% da produção local são exportados.
Os reflexos também são sentidos no bolso dos agricultores. Com cerca de 80% da safra de soja compremetidos a U$$ 9 a saca, os produtores sentem os prejuízos na hora de fixar os preços em reais. “Quando foi fixado a US$ 9, a cotação do dólar era de R$ 2,15. Com essa queda para R$ 2,04, tivemos uma perda de aproximadamente R$ 1 por saca”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.
Ele lembra que, se não bastasse a queda do dólar, o setor também convive com os custos elevados de produção. “O produtor recebe menos, mas paga mais”, acrescentou. Esse cenário também acompanha a desvalorização do preço da oleaginosa, como ocorre todo os anos na época da colheita.
Na região de Sinop foram cultivados 350 mil hectares e a colheita está sendo encerrada. No ano passado, as exportações de soja movimentaram cerca de U$$ 1,4 milhão. Já no Estado, o complexo continua sendo o carro chefe das exportações. As vendas representam 71% das exportações estaduais.