As chuvas não afetaram somente as lavouras de soja da região, mas também os negócios de muitas indústrias madeireiras que deixaram de vender devido a falta de matéria-prima, nos últimos dois meses. Atualmente, cerca de 30% já exportam sua produção. As espécies cedrinho, itaúba, garapeira e angelim estão entre as mais exigidas pelo mercado.
O vice-presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto, explicou, ao Só Notícias, que a má conservação das estradas vicinais e estaduais na região Norte é o principal fator para a falta de produto nesse período, como acontece todos os anos. “Chove muito e não tem condições de fazer a recuperação e manutenção das estradas nesse período”, destacou. Isso atrapalha o transporte de toras até às madeireiras.
Em alguns municípios do Nortão, propriedades ficaram isoladas e rios transbordaram impedindo o tráfego em algumas rodovias e aumentado os percursos para fazer o transporte. “As empresas acabam deixando de vender mais, já que consultam antes de pegar o pedido e, se não tem produto, não fecham os contratos”, explicou.
Em 2006, o setor foi responsável por 89% do volume exportado do município, movimentando U$$ 38 milhões. A maioria das vendas foi de madeira compensada, seguida da perfilada, cortada, entre outras. Sinop também se destaca no Estado, respondendo por 18% do volume comercializado. Desses, 45% foram para o mercado exterior. Entre os principais destinos estão a Europa e o Estados Unidos.
(Atualizada às 09:13hs)