A instabilidade segue afetando os mercados nesta sexta-feira. Após uma melhora no início da tarde, os indicadores voltaram forte ao território negativo, com investidores ainda reagindo à queda da maioria dos mercados asiáticos, puxados, principalmente, por uma baixa na Bolsa de Tóquio de mais de 1%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), às 15h56, recuava 2,35%, aos 42.492 pontos.
Às 15h47, o dólar comercial era negociado em alta de 0,76% em relação ao fechamento de ontem, com sua cotação de venda a R$ 2,135. No início da tarde, a moeda chegou a ter um leve recuo (-0,05%). Grande parte dos mercados acionários da Ásia registrou nesta sexta-feira mais uma sessão de perdas, ainda seguindo os efeitos da venda global de papéis desta semana.
A queda ocorreu apesar dos bons dados sobre o setor manufatureiro dos Estados Unidos de ontem, que permitiram à moeda norte-americana subir diante do iene, depois de atingir o menor patamar em 11 semanas.
Ainda assim, no mercado internacional, o dólar permanece em patamar fraco, o que levou investidores a descarregar as ações de empresas exportadoras como Sony e Toyota Motor, fazendo o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechar em queda de 1,35%, a quarta baixa seguida, o que eliminou os ganhos acumulados em 2007.
Apesar do resultado no Japão, a Bolsa chinesa, que ajudou a disparar o movimento de vendas por todo o mundo na terça-feira, subiu 1,23%, enquanto o índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong, ganhou 0,49%.
As ações européias caíram novamente nesta sexta-feira e tiveram a pior semana desde setembro de 2001, por conta da preocupação do mercado com a perspectiva de retorno dos investimentos. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações das empresas européias, caiu 0,3%, para 1.464 pontos. Na semana, a queda chegou a 5%.
Em Londres, o índice Financial Times fechou estável, a 6.116 pontos, enquanto que, em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,56%, para 6.603 pontos. Já em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,62%, para 5.424 pontos. O índice Ibex-35, de Madri, teve perda de 0,73%, para 13.962 pontos.
As Bolsas de Valores dos Estados Unidos intensificavam a queda na tarde desta sexta-feira, com o indicador tecnológico Nasdaq cedendo mais de 1%. A confiança do consumidor abaixo do esperado em fevereiro pesava sobre os negócios.
A lista de preocupações de investidores incluía também o fortalecimento do iene e suas implicações para os populares “carry trades” e problemas no mercado de hipoteca. Além disso, um alerta sobre o aumento da dívida norte-americana feito pelo financista Warren Buffett adicionou pressão ao tom já negativo do mercado.