Mudanças estruturais na economia afastaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do emprego. Por isso, se o País crescer 3,5% em 2007, como prevêem alguns economistas, o emprego deve subir entre 2,5% e 3%, um a abertura de 520 mil a 623 mil postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas da pesquisa mensal de emprego do IBGE.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os cálculos são do economista Marcelo de Ávila, pesquisador associado ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, e na relação entre o crescimento do PIB e da população ocupada nos últimos anos.
Ávila afirma que mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em janeiro, não será possível uma ocupação maior que 3,5%. “O crescimento da economia não é suficiente para alavancar o emprego. Agora, têm algumas indicações positivas para este ano, como a trajetória de queda da taxa de juros e a expansão do setor da construção civil, que devem ter algum efeito positivo sobre o mercado de trabalho.”
O pesquisador estima que a construção civil e os setores de serviços e comércio devem puxar o emprego neste ano.