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Seminário: setor madeireiro cobra mais programas e incentivos

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O presidente do Sindusmad, Jaldes Langer, proferiu a palestra ‘perspectivas e oportunidades para o setor de base florestal’, durante o seminário ‘Nortão: Dificuldades, Desafios e Soluções’, que está sendo realizado desde às 14h, no Sesi Clube de Sinop. Langer foi o segundo palestrante do evento, que conta com outras palestras sobre temas que afetam diretamente toda a região Norte.

A palestra enfatizou os principais fatores agravantes que atualmente prejudicam o setor madeireiro, entre eles a elevada carga tributária, a falta de matéria-prima e o elevado custo que ela representa para as empresas, segundo uma pesquisa realizada pelo IEL-MT (Instituto Euvaldo Lodi), juntamente com a Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso), no início deste ano. Além desses entraves, foram citados a centralização dos órgãos de gestão florestal na capital e, principalmente, a morosidade para a análise dos planos de manejo. “Um problema acarreta o outro, se há demora na aprovação dos planos de manejo, falta matéria-prima, que causa o encarecimento da mesma”, explica.

Outro ponto analisado por Langer foi a questão burocrática que envolve o setor. “Devido ao excesso de burocracia existente hoje, apenas as grandes empresas estão conseguindo sobreviver no setor, sendo que as micro e pequenas estão sendo excluídas do mercado”, afirma. A conseqüência de tudo isso, segundo Langer, é o grande problema social que a crise do setor madeireiro gerou nos municípios que dependem diretamente deste segmento econômico. “A recuperação está sendo lenta, por isso temos que sugerir propostas práticas para solucionar estes entraves”.

Propostas de soluções – Uma das propostas levantadas pelo palestrante foi a ampliação dos atuais programas de estímulo ao desenvolvimento industrial, como o Prodeic – Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso – e os Arranjos Produtivos Locais da Madeira e Móveis (APL). “O setor necessita de incentivos para o aprimoramento de suas atividades, portanto estes tipos de programas são necessários”, enfatiza. Segundo a apresentação, a utilização de resíduos industriais e florestais é uma grande oportunidade de geração de emprego e renda. “Temos que criar alternativas viáveis para dirimir o problema social causado pela crise do setor madeireiro”.

A conservação de florestas foi discutida durante o seminário, pois, segundo o presidente do SINDUSMAD, Jaldes Langer, o ‘apagão florestal’ é um problema real. “Precisamos desenvolver tecnologias de modelo de produção integrada e sustentável de manejo e reflorestamento. É importante também investir em programas de desenvolvimento de novos produtos, agregando valores e diversificação”, avalia.

Benefícios da madeira – Outro ponto apresentado aos participantes do seminário foi uma pesquisa comparativa sobre a utilização da madeira em relação do aço e do concreto. Os dois últimos materiais, segundo a pesquisa mostrada na palestra, gastam respectivamente 26% e 57% mais energia do que a madeira, além de emitirem 34% e 81% mais gases de efeito estufa do que a madeira. “Este estudo realizado por empresas e o governo do Canadá foi importante porque o número de consumidores da América do Norte que passaram a acreditar que a madeira é um material de construção melhor do que o concreto ou o aço cresceu de 22% para 70% durante os últimos anos”, explica.

Segundo Langer, o seminário foi uma oportunidade ímpar para que o setor madeireiro se manifestasse sobre seus entraves e limitações. “Esperamos que ações concretas e diretas sejam tomadas pelo governo, para que as indústrias voltem a ter o pleno desenvolvimento que tinham anteriormente”, finaliza.

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