Em 2009, Mato Grosso terá 13 feriados (nacionais e um estadual – Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro) sendo que apenas dois deles cairão no final de semana (sábado e domingo). A quantidade de feriados em dias úteis já está sendo mal recebida pelos setores da economia, como o de comércio/serviços e pela indústria, que devem produzir e vender menos em função dos dias parados.
Este ano, dos 11 feriados nacionais, quatro caíram no sábado ou domingo, o que animou o empresariado estadual, que pôde trabalhar mais. O número de feriados não inclui os municipais, a exemplo do aniversário de Cuiabá, comemorado no dia 8 de abril, quando a atividade é suspensa apenas na Capital. Para o vice-presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, a quantidade de datas comemorativas em dias úteis gera certo impacto na atividade e preocupação com o faturamento das empresas, cuja venda não se recupera.
“No comércio e prestação de serviços funcionários e patrões podem entrar em acordos para minimizar os reflexos dos feriados, como acontece em alguns desses dias em que as lojas permanecem abertas, como no aniversário de Cuiabá”, diz ao explicar que a abertura pode ser paga em folga ou em horas extras. Martins acrescenta que os feriados que caem em dias úteis, principalmente na quinta ou sexta-feira, prejudicam a movimentação do final de semana, quando muitas pessoas vão às compras. Ele considera que a cidade fica vazia, já que muitos viajam para outras localidades.
O vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir José Milan, considera que os prejuízos são consideráveis, apesar de não quantificar qual a dimensão deles. “Tem indústrias que não podem desligar equipamentos, e um dia parado acarreta em uma grande preocupação. Sem contar o funcionalismo público, que em muitos feriados, nos dias anteriores ou posteriores à datas são pontos facultativos”, diz ao revelar que com a grande quantidade de dias parados, o ritmo da produção é interrompido, o que faz com que muitos empresários entrem em acordo com os funcionários.