Mato Grosso vai insistir na implantação da proposta elaborada pelo secretário de Fazenda, Éder de Moraes, para que a União não cobre juros nos serviços da dívida e correção monetária, além da possibilidade de mudança no índice de correção anual da Dívida Pública que sairia do IGPDI para o IPCA, este último utilizado pela União para estabelecer a inflação mensal e anual. Fora isso iniciará a passagem de uma proposta definitiva para recolher 1 milhão de assinaturas para que seja apresentada uma proposta de emenda constitucional ao Congresso Nacional.
“Estarei em Vitória, no Espírito Santo, apresentando a proposta para a Frente Nacional de Prefeitos das Capitais que deseja encampar a proposta por considerá-la um trunfo para os municípios que sofrem com os escorchantes e abusivos juros cobrados de suas dívidas”, disse Éder de Moraes, assinalando que já iniciou entendimentos com outras entidades como a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), na Confederação Nacional da Industria (CNI), entre outras entidades representativas para arregimentar apoio a proposta.
Segundo o secretário, nessa nova empreitada que conta com o apoio do governador Blairo Maggi (PR), será integrada uma proposta de lei para que qualquer eventual mudança nas regras do endividamento público que resulte em economia para os cofres públicos dos estados e municípios, os valores sejam destinados exclusivamente para obras de infra-estrutura e que resultem na geração de emprego e renda.
“Em Mato Grosso poderemos estar falando entre R$ 1,2 bilhão até R$ 3 bilhões dependendo das regras e da conveniência nas negociações”, disse o secretário, cobrando um tratamento igualitário entre o que a União faz acertadamente com a iniciativa privada para evitar a crise econômica mundial e que deveria ser idêntica para com Estados e Municípios que são propagadores de ações em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública, social entre outras importantes para a sociedade.