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Alta Floresta: contrato para termoelétrica deve ser assinado em janeiro

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As obras que marcam a implantação de uma termoelétrica para ampliar o fornecimento de energia elétrica em Alta Floresta e região, com prazo de conclusão de trinta meses, devem ficar para janeiro. A decisão leva em conta a passagem do período de maior intensidade das chuvas, bem como o mês esperado para assinatura do contrato definitivo com o fundo de investidores ingleses e a liberação dos R$25 milhões. A unidade será erguida em uma área com aproximadamente dez hectares, próxima a uma subestação da Centrais Elétricas de Mato Grosso.

O vice-presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte), Ricardo Mastrangelli, explicou, ao Só Notícias, que a auditoria ‘Due Diligence’ para a constatação das conformidades do projeto atrasou. “Ainda estamos em fase de diligência porque ela atrasou um pouco mas está na reta final”, declarou. Por outro lado, o representante frisa que no terreno onde será executado o serviço a terraplanajem iniciou. “Já começou mesmo sem a assinatura do contrato. Esperamos ele para as obras civis, que envolvem um recurso maior. Mas de qualquer forma o terreno já está limpo e cascalhado, pronto para começar as fundações e a cerca. Será construído também um escritório para receber biomassa”, enfatizou.

Mastrangelli lembra que mesmo não havendo a assinatura do contrato definito neste ano, tudo correrá sem precipitações. “Não existe pressa para construção das fundações pois o que importa é a compra da turbina, da caldeira e do gerador, que tem prazo de entrega de 10 a 18 meses, e cuja aquisição ocorrerá apos assinatura do contrato”, ponderou.

A termoelétrica deve resolver um problema enfrentado pelo setor madeireiro – a falta de local apropriado para destinação de resíduos, que serão usados na geração de energia.
Dados levantados pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), mostraram que em Alta Floresta existem atualmente 450 mil toneladas de resíduos estocadas à ceu aberto, sendo que a produção anual gira em torno de 100 mil toneladas.

Desde 2006, empresas madeireira e moveleira não ateam fogo no material, como pó-de-serra, serragem, aparas, retalhos de madeiras e cascas.

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