Os industriais madeireiros podem lucrar um pouco mais com as exportações de madeira enquanto a cotação do dólar se manter na atual faixa de R$ 2,20 a R$ 2,30. A afirmação foi feita, ao Só Notícias, pelo presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto. “A crise financeira mundial fez diminuir a procura dos mercados nacional e internacional, mas se o dólar permanecer nessa faixa de cotação, o percentual de lucro com as exportações aumenta um pouco e equilibra o movimento dos empresários que venderem para fora do país”, declarou.
José Eduardo lembra que o setor de base florestal exportou pouco nos últimos meses, quando o dólar estava na casa de R$ 1,70. “O câmbio não permitia que conseguíssemos exportar obtendo resultados. A maioria da produção estava sendo destinada para o mercado nacional”, informou. Apesar do câmbio estar favorável, o presidente avalia que o aumento nas exportações com o preço atual da moeda norte-americana ainda não é tão significativa. “Melhora, mas não muito. O dólar acima dos R$ 2,20 ajudará os que exportarem manter o fluxo de caixa, já que as vendas no mercado interno diminuíram”, completa.
Números do setor demonstram que a maior parcela de produtos originários em Mato Grosso é vendida no mercado interno. Nos últimos dois anos, 65,19% do total de madeira produzido em Sinop, por exemplo, foram vendidos no país e, 34,81% , exportados. “A maior parcela da exportação ainda é de madeira mais elaborada como Ipê e Champagne. As exportações de madeira, de forma geral, continuam em nível reduzido, até com retração”, avaliou o dirigente do sindicato que reúne cerca de 250 madeireiras em Mato Grosso.
(Atualizada às 13:48h)
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