Mantendo o clima tenso e quente que se estendeu durante todo o debate realizado pela TV Rondono no programa “Resumo do Dia”, ancorado pelo ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, os candidato Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PR) trocaram graves acusações nas considerações finais. Tanto o tucano quanto o republicano usaram notícias publicadas na imprensa local e nacional para tecer denúncias sobre corrupção. O prefeito comentou e mostrou uma matéria publicada pela revista Época desta semana, que aborda a questão do vídeo em que ex-candidatos a vereador do “nanico” PRTB aparecem negociando apoio político com representantes do PR, legenda de Mendes.
Ao se defender, Mauro falou sobre a publicação do jornal Folha de São Paulo, que traz a tona o caso do misterioso roubo dos R$ 6 milhões. Segundo a reportagem, o dinheiro teria sido roubado de um veículo Honda Fit, em um luxuoso edifício localizado no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. Segundo o delegado da Polícia Civil, que conduz o caso, Luciano Inácio, o carro pertence ao empresário do ramo da construção civil, Air Bom Despacho, que vem a ser irmão da ex-deputa federal Celcita Pinhiero, que hoje é secretária de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá. Mendes ligou as investigações à prefeitura de Cuiabá e disse que a “Folha” trazia a matéria dizendo que o “irmão de secretária de prefeito é dono de carro de onde foram roubados R$ 6 milhões”.
Em reposta, Wilson foi rápido e falou que o empresário citado pelo adversário trabalha com Mauro Mendes na Federação das Indústrias no Mato Grosso (Fiemt), onde o candidato republicano é presidente licenciado. Segundo Wilson, Air Bom Despacho faz parte da diretoria da entidade e concorreu a eleição na mesma chapa de Mendes. Como o debate foi finalizado neste momento, com as últimas considerações dos postulantes, Mauro Mendes não teve a oportunidade de comentar a afirmação do prefeito.
O próximo “embate” entre Santos e Mendes será realizado pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Cuiabá, na próxima sexta-feira (24), dois dias antes do término das eleições municipais de 2008. É o debate com maior audiência, mas também o mais “engessado”, pois não permite ataques e nem troca de acusações entre os candidatos.