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Falta de chuva interrompe plantio em alguns municípios de Mato Grosso

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O plantio de soja está paralisado em Mato Grosso. A falta de chuva registrada nos últimos 15 dias em grande parte dos municípios produtores gera mais uma preocupação aos sojicultores do Estado que já estão enfrentando outros problemas, como o aumento no custo dos insumos e falta de crédito para dar continuidade à safra, para dar seguimento ao ano agrícola. O resultado da falta de chuva é o atraso do plantio do grão, o que tende a comprometer ainda o cultivo do milho safrinha e também do algodão, culturas posteriores à soja. Segundo representantes do setor, ainda não há estimativas sobre perda de produção.

Para se ter uma idéia da gravidade do problema, o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, explica que em anos em que o volume de chuva é regular neste período, o percentual de área plantada com a soja é de 30% a 35%. Para a safra 2008/2009, a previsão da entidade é que sejam cultivados 5,883 milhões de hectares. A partir destes números, na época em que há chuva suficiente, a quantidade de terras cultivadas seria de 2,059 milhões de hectares, porém segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) o percentual cultivado da oleaginosa é de 15,3%, o que totaliza 882,465 mil hectares plantados.

Na comparação com um boletim datado de 18 de outubro de 2007, quando o índice de plantio no Estado foi de 16%, praticamente não há diferença de um ano para outro. Mesmo assim, segundo Ribas a situação é mais grave este ano porque com o aumento nos custos de produção o uso de tecnologia para a safra reduziu, o que implica diretamente na aplicação de adubo. “Com a redução na adubação vai implicar diretamente na produtividade. No ano passado tivermos uma produtividade recorde, que chegou a uma média de 52 sacos por hectare no Estado, o que não deve se repetir este ano se não chover”, diz ao revelar que a previsão de queda na produção prevista inicialmente pelos produtores, decorrentes de outros fatores – custo e crédito – está se confirmando a cada dia. Ribas adianta que na semana que vem vai percorrer o Estado juntamente com um represente da Comissão de Defesa Sanitária e Vegetal de Mato Grosso (CDSV/MT) para acompanhar o desenvolvimento das lavouras.

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