Mais do que ampliar o mercado consumidor, o anúncio de que Mato Grosso está 100% habilitado para vender carne in natura à União Européia, organiza a atividade em nível local e ainda melhora à atividade. Numa comparação simples sobre os efeitos da decisão, basta dizer que os europeus são o que melhor remuneram o produtor, sobrevalorizando em aproximadamente 20% o valor da arroba do boi destinado àquele bloco econômico. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, em Bruxelas (Bélgica), pela Diretoria Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco), em reunião do Comitê Permanente da Cadeia de Alimentos e Saúde Animal. Entretanto, para que os municípios ainda não habilitados possam exportar, é necessária a publicação desta decisão no diário oficial da Comunidade Econômica Européia, que poderá acontecer nos próximos 30 dias.
Para a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, (Famato), a habilitação de todo o território mato-grossense, é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos produtores rurais, entidades ligadas ao setor, governo do estado e Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), no combate à doenças. “O produtor de Mato Grosso, há muitos anos vem desenvolvendo, com responsabilidade, um intenso trabalho no sentido de garantir a sanidade animal e conquistar maior espaço no mercado internacional, tanto que há 12 anos não é registrado nenhum caso de febre aftosa no Estado. Esta habilitação, é uma questão de justiça para com o criador de Mato Grosso, que tem excelente produto, mas que enfrentava barreiras comerciais para a exportação. Esse credenciamento terá reflexos positivos para o setor e para a economia do Estado” Disse rui Prado, presidente da Famato.
Participarão da coletiva, Normando Corral, vice-presidente da Famato; Décio Coutinho, presidente do Indea; Eduardo Alves, diretor da Famato; Luiz Carlos Meister, consultor de pecuária e Zeca D’Ávila, presidente do Fefa.