Os madeireiros do Nortão observam a alta do dólar com cautela, o cenário econômico mundial e não esperam aumento significativo de lucro nas exportações de madeira por conta da valorização momentânea da moeda norte-americana. Esta avaliação do setor de extração florestal foi confirmada, ao Só Notícias, pelo presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto. “O mercado internacional está muito turbulento e, talvez, o dólar não se mantenha nesse preço se os americanos conseguirem equacionar os problemas econômicos decorrentes da bolha imobiliária”, analisou Eduardo.
Números do setor demonstram que a maior parcela de produtos orignários em Mato Grosso é vendida no mercado interno. Nos últimos dois anos, 64,70% do total de madeira produzido em Sinop, foram vendidos no país e, 35,30% foram exportados. “A maior parcela da exportação ainda é de madeira mais elaborada como Ipê e Champagne. As exportações de madeira, de forma geral, continuam em nível reduzido, até com retração”, declara o madeireiro.
Na última semana, o Sistema Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt) divulgou que as exportações estaduais do setor de base florestal, de janeiro à agosto, apresentou retração de 6,6% em relação ao mesmo período de 2007. Um dos fatores que ajudou na queda, foi o aquecimento das construções civis no país, fazendo aumentar a procura interna por madeira.
(Atualizada às 09:40hs)