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Jovens continuam sendo os que mais têm dificuldades de conseguir emprego

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A participação dos brasileiros de 16 a 24 anos no total de ocupados caiu de forma significativa de 1992 a 2006 e passou de 26,3% para 23,1%. Essa retração decorreu, dentre outros fatores, do envelhecimento populacional, que é resultado de menores taxas de fecundidade e maior expectativa de vida.

Essa é uma das conclusões do relatório Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A Experiência Brasileira Recente, elaborado em conjunto pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Internacional do Trabalho – agências das Nações Unidas (ONU).

Também foi registrado recuo na taxa de participação do jovem de 16 a 24 anos, na População Economicamente Ativa (PEA), de 69,7% para 67,9%. A pesquisa atribuiu o fato ao tempo de permanência na escola, já que, em 1992, 30,7% era o percentual de jovens que estudavam dentre a PEA e, em 2006, o percentual passou para 42,3%.

O fato de a participação dos jovens ter caído mais entre os ocupados do que na PEA – no primeiro grupo a redução foi 3,2 pontos percentuais e no segundo, 1,8 ponto percencual – é um forte indício, segundo as Nações Unidas, de que esse grupo enfrentou um cenário de maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

A conclusão do estudo é de que essa redução se constitui num fator para que o Brasil não seja classificado como um país onde o trabalho seja considerado decente.

“O diagnóstico de que piorou a inserção dos jovens no mercado confirma-se pela variação das taxas de desemprego. Os jovens de 16 a 24 anos são aqueles que, tradicionalmente, são mais afetados pelo problema, e isso se agravou substancialmente entre 1992 e 2006”, aponta o relatório.

O documento registra ainda que “a inserção da juventude no mercado de trabalho também deve ser monitorada porque, em geral, esse grupo é o que apresenta maiores taxas de desemprego e de informalidade e menores níveis de rendimento que os adultos, mesmo com escolaridade mais elevada. Também por essas razões, é fundamental a existência de políticas públicas voltadas aos jovens, elaboradas sob um ponto de vista que lhes veja como cidadãos portadores de direitos e que precisam de oportunidades de qualificação e de inserção no mercado de trabalho para sua adequada inclusão social.”

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