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Déficit em armazenagem de grãos em Mato Grosso chega a 14,6%

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Mato Grosso tem um déficit de 14,6% na capacidade de armazenagem de grãos em relação ao volume total produzido no Estado. Na safra 2007/2008, segundo o 11º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção local deve atingir 28,301 milhões de toneladas, porém a capacidade total dos 2,060 mil silos em operação, é de 24,153 milhões (t), o que resultaria em um volume de 4,148 milhões (t) sem local para serem estocadas. Nestes números estão incluídas a quantidade de armazéns próprios da companhia soma cinco unidades cuja capacidade de armazenamento é 200 mil (t). Eles estão localizados nas cidades de Rondonópolis, Sinop, Diamantino, Sorriso e Alta Floresta.

Apesar da capacidade de estocagem ser inferior ao volume produzido, o superintendente da Conab em Mato Grosso, Ovídio Costa Miranda, afirma que isso não chega a ser um problema, pois a produção de soja, que é a maior do Estado e do país – totalizando 17,882 milhões (t) este ano -, é escoada logo após a colheita para atender os contratos de venda firmado pelos sojicultores durante o ano agrícola. “A saída da oleaginosa é quase que simultânea à colheita nas lavouras, o que não acarreta em preocupações, e ainda dá espaço para outros produtos”, diz ao informar que outros grãos como o milho, algodão e arroz ficam por mais tempo armazenados, cujo período depende do produtor.

De acordo com números da Conab, do total de armazéns cadastrados na companhia em funcionamento em Mato Grosso (2,060 mil), 69% são de granéis (em que os grãos não são ensacados) totalizando 1,423 mil unidades com capacidade para estocar 20,694 milhões (t). Os armazéns convencionais (onde o produto é embalado, ensacado) somam 637 e são capazes de guardar 1,423 milhão (t). Deste universo 83 armazéns (incluindo os da Conab) são credenciados para negociar os estoques com o governo e juntos têm capacidade de armazenar um total de 1,4 milhão (t).

Mesmo que os silos mato-grossenses não sejam suficientes para atender o volume total produzido no Estado, Mato Grosso tem a maior capacidade do Centro-Oeste e a segunda maior do país, atrás apenas do Paraná tem capacidade de abrigar 24,648 milhões de toneladas nos seus 3,302 mil armazéns. Já na quantidade de silos, o Rio Grande do Sul é o primeiro colocado, com 4,096 mil unidades, contudo com capacidade de estocar 22,259 milhões de toneladas de grãos.

Miranda afirma que o cadastramento dos armazéns junto à Conab é obrigatório, até mesmo para garantir a segurança fitossanitária dos grãos e também para controle do governo da capacidade de estocagem que possui. Já o credenciamento – que dá direito para comercializar com o governo – não é obrigatório, porém, conforme ele, os estabelecimentos se preocupam em se cadastrar pois o próprio produtor acaba dando preferência para os credenciados. “O produtor tem um relacionamento estreito com o armazenador onde guarda seu produto e não quer perder a chance de negociar com o governo quando for interessante para ele”, diz o superintendente ao adiantar que durante este mês serão realizados leilões de milho para formações de estoques que deve resultar na compra de cerca de 200 mil toneladas do grão. Será um leilão por semana.

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