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Cuiabá não teve redução de acidentes com a lei seca

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O Ministério da Saúde fez um levantamento em 26 capitais brasileiras sobre a variação dos números de atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) um mês antes e um depois da criação da chamada Lei Seca. Pelo levantamento, Cuiabá foi a única em não apresentar crescimento ou decréscimo em número de acidentes de trânsito.

Cuiabá registrou 317 atendimentos antes e o mesmo número depois, com pouquíssima variação, conforme a coordenadora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Inês de Souza Leite Sukert. Isso ocorre, conforme ela, porque 80% dos atendimentos em trânsito é feito a motociclistas e em horário comercial. Portanto, não há como mensurar, especificamente, que o acidente ocorreu pelo fato de o motorista ou piloto estar embriagado. Por isso, Cuiabá permaneceu com os mesmos números de antes da lei.

Mesmo assim, o Ministério comemora os números apresentados pela capitais. No primeiro mês da lei que proíbe dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas (de 20 de junho a 19 de julho), o Samu, no conjunto de 26 capitais do país, atendeu 1.772 acidentes de trânsito a menos do que em igual período imediatamente anterior (de 21 de maio a 19 de junho). As ocorrências caíram de 11.918 para 10.146, uma redução de 14,86%. Em seis capitais, a queda foi superior a 20%: Campo Grande/MS, Belém/PA, Manaus/AM, Macapá/AP, Salvador/BA e São Luís/MA. Quem mais registrou queda foi São Paulo, com 14,26%. O do Rio de Janeiro ficou em segundo lugar, com 10,85%. Boa Vista/RR não enviou os dados ao Ministério por ter começado a operar em 7 de julho, com a lei já em vigor.

Conforme a Agência Saúde, o ministro José Gomes Temporão, observou que, além de poupar vidas, a nova lei é importante para reduzir os gastos com o tratamento de vítimas em unidades de saúde. O Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) estima que os gastos totais com o atendimento médico hospitalar, internações, cirurgias, tratamentos das vítimas de acidentes de trânsito custam ao Serviço Único de Saúde (SUS) cerca de R$ 5 bi por ano. Em cada redução de 10% do número de vítimas, o MS economiza o equivalente a R$ 500 milhões.

Serviço – O telefone do Samu é o 192.

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