Mato Grosso obteve um saldo de 40,123 mil vagas formais de emprego nos primeiros sete meses deste ano. O número é o resultado da diferença entre admissões e demissões realizadas por empresas de oito segmentos no Estado. No período foram contratados 200,840 mil trabalhadores e outros 160,717 mil foram demitidos. O saldo é 20,1% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando contabilizou 33,403 mil vagas com carteira assinada, e também corresponde à diferença entre as 167,352 mil contratações e 133,949 mil desligamentos.
Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego e fazem parte do levantamento do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged). Com participação de 34,5% no saldo registrado em 2008, o setor agropecuário contabilizou um saldo de 13,858 mil vagas formais de janeiro a julho. As demissões somaram 38,802 mil e as contratações totalizaram 52,660 mil. Na comparação com os números do mesmo período do ano passado, quando foram contratados 46,650 mil pessoas e 35,056 mil foram demitidas, os dados deste ano apresentaram incremento de 12,8% e 10,6%, respectivamente. O saldo também saltou 19,5%, sobre os 11,594 mil de 2007.
Na opinião do diretor-secretário da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Valdir Correa, os números apresentados pelo setor agropecuário poderiam ser ainda maiores. Ele afirma que, pelo fato de o agricultor estar descapitalizado, ele está controlando as admissões e contratando somente a quantidade mínima de funcionários para que a safra seja realizada.
Correa diz que o bom desempenho registrado pelo segmento se é referente à pecuária, já que arroba do boi gordo se recuperou em 2008 em relação ao ano passado, o que tem propiciado o pecuarista a fazer investimentos nas fazendas.
“Com isso os produtores estão podendo investir em pastagem, nos currais e outros reparos na propriedade, o que não está acontecendo com o agricultor, que está sem dinheiro e com dificuldades para tocar a próxima safra”.
Ainda de acordo com os números do Caged, a construção civil obteve um saldo de 6,480 vagas este ano, resultado entre as 22,461 mil contratações e outras 15,981 mil demissões registradas no período. Já a indústria extrativa contratou 1,215 mil trabalhadores e demitiu 636, gerando um saldo de 579 vagas com carteira assinada.