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Alimentos e bebidas sobem menos e inflação dá sinais de desaceleração, diz IBGE

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A menor pressão dos alimentos, que vinham em alta desde junho do ano passado, aliviou um pouco a pressão inflacionária e levou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a fechar julho com alta de 0,53%, resultado que chega a ser 0,21 ponto percentual inferior ao de junho, que foi de 0,74%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) responsável pela pesquisa, com o resultado de julho, o IPCA acumulado ao longo do ano chega a 4,19%, contra os 2,32% de igual período de 2007. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses (inflação anualizada) fechou julho com alta de 6,37%, também acima dos 6,06% dos 12 meses imediatamente anteriores.

A coordenadora de Índices do IBGE, Eulina dos Santos, considerou a queda entre junho e julho muito significativa, mas ressaltou que ainda não se configura uma tendência, embora o resultado já reflita algumas ações pontuais adotadas pelo governo para manter a inflação dentro da margem de erro do programa de metas de inflação fixado pelo Banco Central, que se situa entre 2% e 6,5%, com a meta ficando em 4,5%.

“Na verdade, ainda é um pouco precipitado concluir que o movimento de redução da inflação verificado em julho configure uma tendência. O que acontece é que algumas medidas foram tomadas, como a retirada do imposto sobre o trigo,que fez com que o preço do pão parasse de crescer, e até diminuísse, aliada ao anúncio da safra agrícola, que deverá ser muito grande.”

De acordo com a pesquisa, contribuiu para a retração em julho o desempenho do grupo alimentação e bebidas, que vinha apresentando resultados crescentes desde junho do ano passado (à exceção do resultado de janeiro deste ano, que foi de 0,60%) e teve no último mês aumento bem menor. O grupo passou de 2,11% em junho para 1,05% em julho. Ainda assim, os alimentos contribuíram com 0,24 ponto percentual na composição do IPCA do mês passado – quase a metade do indicador.

“Os alimentos são importantíssimo no cálculo do IPCA, no bolso do consumidor. O fato de os preços estarem subindo menos, esse recuo, é uma indicação importante que pode ser uma tendência a se verificar no próximo mês, mas ainda é cedo para afirmar isso”, afirmou Eulina.

Segundo o IBGE, a maioria dos produtos alimentícios mostrou menor crescimento nos preços entre um mês e outro, como as carnes, cuja taxa caiu de 6,91% para 4,35%, mesmo tendo novamente a maior contribuição individual de julho: 0,09 ponto percentual. Também apresentarem taxas negativas o arroz, que fechou com deflação (inflação negativa) de 0,51%, depois de uma alta de 9,9% em junho; a farinha de trigo, que caiu 1,75%, depois de alta de 2,37%, e o, pão francêfechou com queda de menos 0,11%, contra alta de 1,32% em julho.

As sucessivas elevações nos preços dos alimentos levaram o grupo alimentação e bebidas a acumular alta de 9,78% nos primeiros sete meses do ano, contra uma inflação de 5,26% de igual período de 2007.

Quanto ao IPCA acumulado de 6,37% nos últimos 12 meses, constitui-se na maior elevação desde os 6,57% de julho de 2005.

Para superar a meta de inflação estabelecida pelo Banco Central de 6,5%, basta que a taxa de agosto atinja uma alta de 0,58%. Se a variação cair para uma alta de 0,29%, o IPCA volta para o centro da meta fixada, que é de 4,5%.

Índice utilizado pelo governo como balizamento do seu plano de metas, o IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere a famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove das principais rehiões metropolitanas do país, além de de Goiânia e Brasília.

Em julho, a maior alta foi verificada em Belém (1,01%) e a menor, em Belo Horizonte e Salvador (ambas com 0,4%). Em São Paulo, a taxa subiu 0,54% e no Rio (0,46%). No resultado acumulado no ano, a maior variação ocorreu em Recife (5,24%) e a menor em Brasília (3,31%

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