A elevação da taxa básica de juros (Selic) de 12,25% ao ano para 13%, anunciada ontem pelo Banco Central, levará o consumidor a pagar mais caro pelo crédito. Segundo simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os juros médios para pessoa física, por exemplo, devem subir de 7,33% para 7,39%.
“Quando há aumento da Selic, todas as taxas sobem. Significa que, de alguma forma, vai ser repassado o aumento para as taxas de juros”, explicou o vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Oliveira recomenda cautela na hora de tomar crédito, por conta dos aumentos da Selic. Além da alta de 0,75 ponto percentual anunciada ontem, neste ano, os juros básicos já tinham sido aumentados duas vezes em meio ponto percentual. “Independentemente dessa alta da Selic, já era necessário cautela por conta dos juros que já estão mais altos”.
Mesmo assim, Oliveira considera que a elevação da Selic “terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito”, porque existe um deslocamento entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que, na média da pessoa física, atingem 133,70% ao ano, provocando uma variação de quase 1.000% entre as duas pontas.