Em um dia de agenda fraca, expectativa pela definição da próxima Selic, a taxa básica de juros, e menor liquidez, a maioria das projeções de juros encerrou esta terça-feira em queda.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2010 caiu de 15,03% na véspera para 14,93% ao ano. O DI janeiro de 2009 baixou de 13,53 para 13,50%.
Uma das poucas exceções, o DI agosto de 2008 – que embute as projeções para a reunião do Comitê de Política Monetária desta semana – subiu de 12,54 para 12,57%.
O Copom anuncia sua decisão sobre a Selic nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados. Segundo uma pesquisa da Reuters feita na semana passada, 24 de 37 analistas prevêem alta de 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano, enquanto os demais 13 esperam um movimento maior, de 0,75 ponto.
No mecrado futuro, até pouco tempo atrás, as apostas iam a até 1 ponto percentual de aumento da Selic, mas após dados de inflação em desaceleração essas projeções mais agressivas perderam terreno.
Em relatório, o Merrill Lynch citou que o Banco Central não se baseia apenas em dados correntes e que, portanto, a deterioração da inflação vista no segundo trimestre, que não deve se manter, não é motivo para acelerar o ritmo do aperto monetário.
“Os comentários do BC sugerem que a diretoria (do Copom) está continuamente focando um ritmo de política monetária e não apenas uma decisão – calibrando as altas de olho nas próximas decisões e não apenas em uma reunião”, avaliou o Merrill.
“A deterioração das expectativas de inflação entre as reuniões de abril e junho é comparável com a verificada agora.”
Títulos Públicos
O Tesouro Nacional vendeu a oferta total de 750 mil títulos públicos na primeira etapa do leilão de NTN-B.
Saíram 246,6 mil papéis com vencimento em maio de 2011, à taxa de 9,05%, além de 352,2 mil títulos com resgate em maio de 2013, a 8,40%, e 151,1 mil para maio de 2017, a 7,88%.
No mercado aberto, o BC recolheu R$ 18,653 bilhões dos bancos, por um dia, a 12,18% ao ano.