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Financiamentos para atividades comerciais e agrícolas em MT aumentam 180%

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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Mato Grosso aumentaram 180,2% nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período de 2007. Entre janeiro e maio de 2008 o valor financiado pelos setores agropecuário, industrial e de comércio e serviços mato-grossenses somaram R$ 958,3 milhões ante os R$ 342 milhões de igual intervalo do ano anterior. A elevação nas liberações é reflexo da retomada do setor econômico estadual em decorrência do agronegócio, principal fonte de renda do Estado, que detém as primeiras colocações na produção nacional de grãos.

No levantamento do agente financeiro, o setor que mais emprestou dinheiro foi o agropecuário. Nos cinco primeiros meses deste ano, o financiamentos para a agricultura e pecuária mato-grossense totalizou R$ 334,8 milhões, ou 34,9% do bolo total. Comparando o número deste ano com o do mesmo intervalo de 2007, quando foram emprestados R$ 200,9 o incremento é de 66,6% na variação anual. O cenário positivo vivenciado pelo segmento, com a recuperação dos preços das commodities agrícolas, especialmente a soja e o milho no final da safra 2007/2008, e o valor da arroba do boi gordo em ascendência desde o final do ano passado estão contribuindo para o estímulo aos produtores rurais.

Mesmo com a elevação registrada este ano, o assessor Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Amado de Oliveira Filho, considera que em anos anteriores, os desembolsos para o Estado eram de valores muito mais altos. Ele afirma que desde 2005, quando começou a crise no setor primário, a curva tornou-se negativa e os financiamentos para o setor foram reduzindo, mas que este ano começam a tomar força rumo ao crescimento.

“Os números demonstram uma certa recuperação do setor do agronegócio quanto à produção. Há três anos os valores vêm registrando queda, mas o crescimento é considerado positivo, pois mostra que os produtores rurais estão comprando novas máquinas e equipamentos agrícolas, investindo novamente”, diz Oliveira Filho ao lembrar que em função da crise que assolou o setor, os empresários do campo ficaram incapacitados de fazer investimentos e agora com a situação melhor eles têm de enfrentar mais um problema, a restrição em função do passivo ambiental.

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