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Governador de MT propõe crédito para pecuaristas em audiência

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O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, defendeu a concessão de crédito de longo prazo e com juros baixos aos pecuaristas para que eles alternem as atividades de pecuária com a agricultura. Segundo o governador, essa medida vai aumentar a produtividade sem pressionar a abertura de novas áreas de floresta. A afirmação foi feita durante audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na Câmara dos Deputados.

Maggi declarou que a alternância de atividades também vai aumentar a oferta de alimentos e ajudar a recuperar mais rapidamente os nutrientes da terra destinada à pecuária. Ele reconheceu que a produtividade na pecuária é baixa e que o seu Estado precisa melhorar nesse aspecto.

O governador participa neste momento de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre o desmatamento na Amazônia. Ele disse que discutiu a proposta de crédito para os pecuaristas na semana passada com o Banco Mundial. Ele informou, no entanto, que a medida precisa ser adotada como política pública para entrar em vigor.

O governador reafirmou que é necessário um prazo maior para os produtores se enquadrarem na exigência de apresentação de “nada consta” em relação a passivos ambientais. O documento será exigido a partir de 1º de julho como um requisito para a obtenção de crédito. Esse prazo consta de portaria editada pelo Conselho Monetário Nacional.

“Tirar o crédito é asfixiar a economia dos Estados e dos municípios. Essa medida não vai atingir só os grandes proprietários, mas também os pequenos”, afirmou.

Blairo Maggi propôs que se mantenha a proibição de crédito somente para novos empreendimentos e se permita o acesso para as atividades que estão em funcionamento. Ele lembrou que o licenciamento ambiental é um processo lento e depende da regularização fundiária.

Segundo o governador, 64% do território de Mato Grosso é totalmente preservado, enquanto a produção de grãos se concentra em 7,8% do território, e a pecuária, em 25,8%. O estado tem hoje 26 milhões de cabeças de gado em uma área de 28 milhões de hectares.

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