A Delegacia Fazendária de Mato Grosso está investigando irregularidades em leilão de veículos realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, os delegados constataram irregularidades (que não foram divulgadas) na venda pública, que já vinha sendo investigada. O processo investigativo será conduzido em sigilo.
De acordo com o diretor de Veículos do Detran-MT, Juarez Fiel, o leilão que está sendo suspeito de fraude foi realizado em outubro do ano passado, o qual vendeu 57 veículos, sendo que 26 deles já estão com a documentação atualizada e estão rodando pelo Estado com os respectivos donos. Outros 31 veículos estão tendo a documentação analisada para que possa ser liberada para os arrematadores. “Tivemos uma denúncia de que haveria irregularidades no leilão. Diante disso, os processos foram encaminhados para a Delegacia Fazendária e serão auditados pelos delegados”.
A suposta fraude nos leilões, segundo o diretor do Detran-MT, se daria porque a pessoa que comprou um ou mais carros nesta modalidade de venda não teria recebido a documentação do bem adquirido. Ele explica que a liberação muitas vezes é lenta em razão da quantidade de processos que estão na fila para serem analisados e aprovados. No caso dos leilões, como são vários veículos alguns documentos devem ser conferidos antes do bem ser liberado, entre eles se o pagamento combinado durante o leilão foi efetuado aos cofres públicos.
De acordo com Juarez Fiel, a realização de leilões é comum e vem sendo realizada nos últimos anos. Ele afirma que desde que assumiu a diretoria mais de 1 mil veículos foram leiloados, entre carros, motos e sucatas. O maior problema com relação à documenta, conforme ele, é para a venda de carros, pois o leilão é feito on line (pela internet) e envolve compradores localizados em várias cidades do Estado. Quem arremata o veículo tem que custear com o transporte do bem até a cidade onde reside, portando um documento que autoriza tal ação. “Nós realizamos os procedimentos corretamente. Publicamos no Diário Oficial e tornamos público pro meio da imprensa. Não acontece nada de errado desde que a pessoa que comprar pague para retirar o bem”.
Fiel diz que não é possível quantificar o valor dos veículos, pois no cálculo são levados em consideração as multas e outras pendências que o carro tiver. Os carros que vão a leilão são aqueles apreendidos por alguma irregularidade e que estão há vários meses parados no pátio do departamento. Já com relação às sucadas o diretor completa que são retirados o número do chassi, pois estes veículos não têm autorização para circular. Ele considera ainda que este tipo de produto leiloado é o que gera menos problema depois de fechado o negócio.