PUBLICIDADE

Previdência privada cresce 71,12% entre menores de 18 anos

PUBLICIDADE

O número de contratos de previdência privada voltados para quem tem menos de 18 anos cresceu 71,12% em 2007, com acumulado de R$ 1,984 bilhão sobre R$ 1,159 em 2006. Em 2003, a média de idade das adesões era 39 anos. Hoje, o cliente padrão tem 34 anos.

A opção pelo financiamento de um futuro tranqüilo, através da previdência privada, é a mesma de 7 milhões de brasileiros, que querem complementar a aposentadoria do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e têm hoje cerca de R$ 130 bilhões depositados. E os recordes sucessivos do setor apontam que a tendência é o aumento da adesão.

No primeiro bimestre de 2008, a previdência privada cresceu 28,25% em relação ao mesmo período de 2007, com R$ 4,9 bilhões em contribuições, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), que reúne 93 empresas da área. No ano passado, houve recorde de captação de R$ 28,096 bilhões, um crescimento de 22,73% sobre 2006. Para este ano, há previsão de incremento de 18% a 25%.
“Há um novo comportamento, uma mudança cultural, a geração que tem hoje entre 45 e 50 anos começa a ter consciência da necessidade de cuidar do futuro” diz Marco Rossi, da Bradesco Vida e Previdência, líder no segmento.

“O perfil dos clientes é diversificado. Há desde pais preocupados com a educação dos filhos até os que vêem como fundo para viabilizar algum projeto profissional mais prazeroso, com horários flexíveis no futuro”, afirmou Marco Rossi.

É o caso do hoteleiro Marco Amarante, 28 anos, optante desde 2004, período a partir do qual passou a fazer depósitos regulares mensais. “A vantagem da previdência privada é que eu me forço a investir no meu futuro, sem falhar nem um mês”, disse Amarante, que vai resgatar o saldo em 10 anos. Ele tem como projeto abrir um bar para o público jovem na zona sul do Rio de Janeiro.

“O cenário de estabilidade econômica e a inflação sob controle estimulam as pessoas a planejarem sua vida” disse Osvaldo Nascimento, diretor executivo de seguros, previdência e capitalização do Itaú, instituição vice-líder nacional.

Segundo o executivo, o mercado deve continuar crescendo na próxima década, embalado pelo ambiente macroeconômico e pelo próprio brasileiro ao assumir a responsabilidade pelo financiamento do bem-estar na terceira idade. “Depois que você se acostuma a fazer os depósitos mensais na previdência privada, ganha outra perspectiva de futuro” disse Paulo Hamilton, que planeja dobrar os aportes para conseguir retiradas mensais de R$ 2 mil na aposentadoria.

Para definir a opção por um plano cuja carteira de investimento tem perfil mais conservador ou agressivo, o cliente precisa levar em conta sua idade e planos futuros. De modo geral, vale a regra: quanto mais perto da aposentadoria, dos 45 anos em diante, mais conservadora deve ser a composição do plano adotado.

“Para estes clientes seria interessante uma carteira com 70% aplicado em renda fixa e 30% ou menos em ações” disse Carlos Guerra, vice-presidente da Fenaprevi.

Longo prazo
Segundo ele, a questão é o tempo disponível para as oscilações financeiras de um mercado de alto risco como o de ações. “Se este cliente economizou durante 30 anos e o plano contratado tem perfil majoritário de investimentos em ações, no caso de uma grave crise mundial, ele pode perder 30%, 40% de tudo o que poupou na maior parte de sua vida produtiva. As retiradas mensais ficariam seriamente comprometidas. Não se pode correr tal risco” disse Guerra.

Outro fator importante é o rendimento dos planos, cujos ganhos, em sua maioria, têm sido superiores aos dos fundos de renda fixa. “Mas não dá para comparar, previdência é diferente de investimento. A previdência privada não é indicada no curto prazo, ou seja, em um prazo inferior a quatro anos. Ela fica atraente no médio e longo prazo” disse Marco Rossi, do Bradesco, que ressalta a importância de levar em consideração o regime tributário e a queda nas taxas cobradas pelas administradoras.

Quem investe nos atuais planos de previdência privada resgata todo o rendimento dos valores depositados ao longo do contrato. O rendimento tem crescido nos últimos anos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE