Mato Grosso registrou saldo de 3,026 mil vagas formais de empregos em março deste ano. O número é a diferença entre admissões e demissões, que totalizaram 26,738 mil e 23,712 mil, respectivamente no terceiro mês de 2008. Apesar da variação positiva entre as contratações e os desligamentos, na comparação com o saldo verificado no mesmo período do ano passado, há uma queda de 6,7%, ante os 3,244 mil postos de trabalho com carteira assinada gerados no terceiro mês de 2007. Naquele intervalo, 23,978 mil pessoas foram empregadas e 20,734 mil foram desligadas.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e apontam que a Agropecuária continua na primeira colocação no ranking dos setores com maior saldo. Em março deste ano, 7,309 mil trabalhadores foram contratados no segmento e 5,725 mil perderam o emprego, gerando um saldo de 1,584 mil vagas formais. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o saldo aumentou 60,1% ante os 989 empregos resultantes da equação, 7,018 mil admissões e 6,029 mil demissões.
Para o economista e consultor da Fundação Getúlio Vargas em Mato Grosso (FGV), Vivaldo Lopes, apesar do saldo ser negativo em relação ao mesmo mês do ano passado, o cenário é favorável e mostra que a economia está aquecida, refletindo no número de contratações, que desde o ano passado vem sendo maior que as demissões. “Muitos destes empregos gerados na agropecuária podem estar ligados às contratações feitas pelas grandes agroindústrias que vieram para cá no ano passado, como Sadia, Nova Mutum e Brenco, que necessitam de mão-de-obra para entrar em operação”.
A queda registrada este ano em relação a 2007 é puxada pela indústria de transformação que em março deste ano contratou 4,638 mil pessoas e demitiu 4,551 mil, obtendo um saldo de apenas 87 postos com carteira assinada. No ano passado, o saldo foi de 1,187 mil, para 3,398 demissões e 4,585 mil admissões registradas no mesmo período. Mesmo com os dados negativos, primeiro trimestre de 2008 Mato Grosso registra um saldo de 18,714 mil vagas (82,790 mil contratados e 64,076 mil demitidos) contra 18,124 mil (saldo) no ano passado (71,795 mil empregados e 53,671 mil desligados), uma diferença positiva de 3,2%.