A usina termoelétrica Governador Mário Covas, administrada pela Pantanal Energia em Cuiabá, retoma hoje as operações utilizando como matéria-prima o óleo diesel. Paralisada em função das dificuldades de fornecimento de gás natural vindo da Bolívia, desde agosto do ano passado, a térmica terá planta disponível para gerar 390 MW a óleo Diesel.
No primeiro dia da retomada da geração, a carga foi de 190 MW. O acordo prevendo a geração extraordinária a diesel foi assinado nesta segunda-feira (31 de março) com Furnas, atendendo as observações da portaria 31/2008 do Ministério de Minas e Energia (MME). Baixada em fevereiro, a portaria orienta as partes a ajustarem as condições para a retomada da geração de energia a óleo diesel em caráter excepcional.
“A retomada de nossas operações garante mais segurança ao sistema elétrico de Mato Grosso e contribui de forma efetiva à segurança energética nacional”, observa o diretor de Assuntos Comerciais, Institucionais e Regulatórios da Pantanal Energia, Fabio Garcia. “A geração a óleo diesel da térmica ressalta a importância deste empreendimento para o setor elétrico brasileiro e a versatilidade de nossas instalações, capazes de operar de forma bi-combustível utilizando a mais alta tecnologia disponível”, complementa.
O acordo de geração extraordinária a diesel fechado com Furnas vinha sendo discutido desde que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) incluiu a térmica de Cuiabá no rol de usinas térmicas acionadas para garantir o abastecimento de energia no país.
O diesel a ser utilizado pela Pantanal Energia será entregue pela BR Distribuidora, em quantidades equivalentes à disponibilidade térmica e aos despachos diários do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Quando em operação em sua capacidade máxima, a térmica de Cuiabá tem condições de atender até 70% da demanda total de energia de todo o estado de Mato Grosso. Completando dez anos em 2008, a usina compõe o Projeto Integrado Cuiabá (PIC), que inclui ainda um gasoduto dedicado de 642 quilômetros que sai da Bolívia até a capital mato-grossense. Ainda hoje, o PIC é considerado o maior empreendimento privado do Estado.