O Governo do Estado já retomou as ações voltadas para o setor mineral mato-grossense. Nos primeiros meses de 2008 foi reiniciado o levantamento aerogeofísico do Estado, que nesta segunda etapa abrange uma área aproximada de 74 mil Km2, na região dos municípios de Alto Paraguai, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Mirassol d´Oeste, Porto Esperidião, Jauru, Pontes e Lacerda, Sapezal, Nova Lacerda, entre outros.
De acordo com o coordenador do projeto, geólogo especialista em geofísica, João Batista Freitas de Andrade, os vôos para coleta dos dados já iniciaram e são realizados diariamente e ainda terão uma duração de três meses, dependendo das condições climáticas das áreas levantadas. O processo de análise dos dados coletados terá uma duração de seis meses, com previsão de entrega do trabalho para o final deste ano.
O projeto terá custo total de R$ 8,9 milhões, sendo R$ 4,4 milhões por parte da CPRM e R$ 4,5 milhões aplicados pela Sicme.
A geofísica aérea é considerada uma ferramenta eficaz e econômica na prospecção de jazidas minerais, além de ser um método que garante bons resultados para o levantamento de regiões de difícil acesso e de densa cobertura de solos e vegetação. “A geofísica aérea permite cobrir grandes áreas em curtos períodos de tempo, a custos relativamente baixos”, afirma o superintendente de Mineração da Sicme, Joaquim Moreno. No total foram investidos R$ 8,9 milhões, sendo R$ 4,4 milhões por parte da CPRM e R$ 4,5 milhões aplicados pela Sicme.
O levantamento está sendo realizado em duas etapas, sendo que a primeira apresentou o levantamento da Área I, concluída em 2007, com 46 mil Km2 (correspondente à região dos municípios de Paranatinga, Planalto da Serra, Nova Mutum, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães) e a segunda etapa que está sendo realizada na Área II (região dos municípios de Alto Paraguai, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Mirassol d´Oeste, Porto Esperidião, Jauru, Pontes e Lacerda, Sapezal, Nova Lacerda, entre outros) totalizando 120 mil Km2.
Com a conclusão da segunda etapa do Estado poderá identificar as anomalias minerais existentes e fornecer informações precisas de uma área de 120 mil Km2, numa profundidade de até 19 km. O levantamento facilitará a pesquisa de distritos auríferos, mineralizações de metais não-ferrosos, corpos kimberlíticos com mineralização primária de diamantes e rochas carbonatíticas.