A cotação do dólar comercial aponta ganhos após as primeiras negociações do dia. A moeda americana era vendida a R$ 1,688, com alta de 0,77%, por volta das 9h15.
O mercado deve ser manter volátil hoje, ainda afetado pela decisão dos bancos centrais dos Estados Unidos, do Canadá, da União Européia, da Inglaterra e da Suíça para manter a liquidez das suas instituições financeiras. Só o Fed (Federal Reserve, o BC americano) injetou US$ 200 bilhões no mercado.
Embora os investidores saibam que a ajuda é de curto prazo, consideram que ela foi bem-vinda para acalmar os rumores de quebra de algum banco que tenha sido muito afetado pela crise do crédito imobiliário de alto risco (“subprime”) nos Estados Unidos.
O que vai balizar o mercado, portanto, é até quando esse otimismo gerado pela injeção de liquidez vai durar. Se depender dos investidores europeus, pode acabar já hoje. As Bolsas daquele continente abriram em baixa.
O front interno, deve colaborar para uma tendência de alta, graças às medidas anunciadas ontem pelo governo federal para tentar frear a queda da cotação da moeda americana.
O Ministério da Fazenda tomou três medidas: eliminar a cobrança de 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações de câmbio dos exportadores, eliminar a cobertura cambial –ou seja, exportadores poderão deixar no exterior toda a receita obtida com as vendas– e cobrar IOF na entrada de capital estrangeiro destinado a aplicações de renda fixa, com alíquota de 1,5%.
Além disso, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), como esperava o mercado, trouxe sinais de que o Banco Central pode, nos próximos encontros, elevar a taxa de juros para evitar riscos de inflação devido à alta do preço das commodities e do crescimento da economia local.