Os empresários industriais em Mato Grosso se mostram otimistas em relação à situação econômica do setor em 2008. É o que aponta a pesquisa Análise Conjuntural, apresentada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MT) hoje, com informações e avaliações referentes ao quarto trimestre de 2007, em 94 empresas do setor, além das perspectivas e expectativas empresariais. 76,6% dos entrevistados mostram-se confiantes ou muito confiantes em relação à economia brasileira para os meses de março, abril e maio, enquanto 80,4% demonstram a mesma expectativa para a economia mato-grossense.
As perspectivas apontam ainda que 46,8% das empresas prevêem aumento no faturamento, enquanto 28,7% devem manter-se estáveis. Em relação ao número de empregados, 55,3% indicam estabilidade para 2008, enquanto 31,9% devem ampliar o quadro de profissionais. “O panorama é otimista. O aquecimento do mercado é uma tendência nacional que se apresenta também em Mato Grosso. Existem problemas pontuais, mas o mercado demanda os produtos, gerando entre os empresários o ânimo fundamental para a economia” avalia o diretor regional do IEL-MT, Gustavo de Oliveira.
Entre as dificuldades registradas no período da pesquisa, a falta de financiamentos de longo prazo e de capital de giro atingiu 87% dos entrevistados, no quesito investimentos. No que diz respeito aos tributos, a elevada carga tributária liderou as indicações de problemas, que foi citada por 61% dos entrevistados. A falta de matéria-prima, mão-de-obra qualificada e capacidade produtiva também foram apontadas no quesito de processos. A pesquisa aponta ainda que, em linhas gerais, a situação das indústrias no Estado – no período de outubro a dezembro de 2007 – permaneceu estável ou apresentou melhora.
Desenvolvida pelo IEL-MT, a pesquisa Análise Conjuntural foi realizada em fevereiro, em 18 municípios de Mato Grosso, envolvendo as indústrias filiadas aos sindicatos que compõem o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt). Entre os segmentos pesquisados estão o da construção civil, metal-mecânica, madeireiro, vestuário, moveleiro, alimentação, cerâmica, calcário, panificação, químico, reparação veicular, construção pesada, laticínios, gráficos, energia, frigorífico, gesso, reciclagem, minerais, curtume, base florestal, entre outros