Em um encontro sobre a cultura do arroz, realizado recentemente em Sorriso, Adiberto da Costa, gerente de uma unidade armazenadora, palestrou sobre o papel da instituição na cadeia produtiva do arroz, enfatizando que a mesma é apenas uma executora da política de pós-colheita do governo federal (e não uma elaboradora).
Ele mostrou também os principais problemas de pós-colheita da cultura do arroz encontrados pela Conab que depreciam significativamente a qualidade dos grãos e quais as medidas que o orizicultor pode tomar para evitá-los. Exemplificou que a cada 100 mil sacas de arroz recebidas pela Conab, encontram-se 50 sacas de soja misturadas, o que é considerado impureza.
A Embrapa, representada por Raimundo Rabelo (pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão), discutiu alguns “tabus” da cultura do arroz, principalmente da “porteira para fora”. Dentre os quais, foi destacado a questão da classificação do grão de arroz onde foi enfatizado que é puramente dimensional e não tem nada a ver com a qualidade nutricional do produto. O pesquisador esclareceu sobre a importância do arroz como alimento, afastando a velha idéia do cereal ser tratado apenas como um “enchimento”. Ainda nesse sentido, o pesquisador citou que o arroz produz um dos melhores óleos para cozinha, segundo os nutricionistas, mas que a população praticamente desconhece.