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Queda de preços para consumidor da internet chega a 13% no ano

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Deflação. O sonho de qualquer consumidor já se tornou rotina na Internet. Enquanto o comércio convencional registrou uma queda, nos últimos 12 meses, de 3,17% nos preços dos mesmos produtos vendidos no mundo virtual, o varejo online já comemora baixa de 13,07% no mesmo período. O consumidor da web, entretanto, poderia pagar ainda mais barato se não ocorresse nos últimos anos um fenômeno de virtualização do varejo real, com a entrada de empresas convencionais na rede mundial de computadores.

O primeiro movimento registrado foi a fusão, em 2006, do Submarino, primeira loja brasileira completamente virtual, com a Americanas.com, braço web das Lojas Americanas. Neste ano, foram anunciadas a entrada no varejo online de três pesos pesados do mundo real: Carrefour, WalMart e Casas Bahia.

Coordenadora da pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Patrícia Vance atribui o fenômeno ao fato de a operação do chamado e-commerce ser bem mais barata que o comércio tradicional, o que permite oferecer preços melhores.

“Hoje o consumidor está mais maduro, utiliza os sites de comparação de preços e imprime a oferta da Internet para negociar na loja”, explica. “Por isso, não pode haver muita disparidade nos preços dos produtos, principalmente se forem da mesma empresa.”

Patricia acredita que isso deve ser corrigido com o tempo, quando os varejistas começarem a compartilhar as margens de cada canal de venda.

Os preços na internet caem mais que nas lojas físicas. Pelo novo índice de inflação eletrônica, batizado de e-flation, medido pelo Provar, a deflação foi de 13,07% em 12 meses até janeiro deste ano. No mesmo período, as 10 categorias de produtos usadas na medição do comércio eletrônico registraram queda de 3,17% no município de São Paulo, segundo o levantamento do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane.

A percepção é de que a mudança de preços é mais rápida na Internet, diz o economista.

“Há uma grande variação de um mês para o outro”, comenta.

Para calcular a variação de preços das mesmas categorias do e-flation, a Fipe utilizou a metodologia do IPC, atribuindo a contribuição que cada produto tem no indicador de inflação de São Paulo. Nakane destaca ainda que os produtos que compõem o índice da web, incluindo ainda automóveis, representam apenas 7,7% do IPC geral, que fechou o ano passado com alta de 4,38%.

A maior diferença na variação de preços foi observada em CDs e DVDs. O e-flantion indica queda de 29,9%, enquanto a deflação pelo IPC foi de 2,37% em 12 meses. Em alguns casos, os indicadores seguem sentidos opostos. Na web, os brinquedos tiveram alta de 5,94% e, nas lojas físicas, queda de 0,60%. Os preços da linha braca subiram 0,38% na internet, mas caíram 2,95% segundo a Fipe.

Comportamento dos preços
O comportamento dos preços é um pouco mais próximo para produtos relacionados à tecnologia. Pelo IPC, apresentaram recuo eletroeletrônicos (-11,35%), informática (-15,25%) e telefonia (-19,65%). No comércio virtual, as quedas foram de 14,35%, 19,13% e 15,05%, respectivamente.

Para Romero Rodrigues, presidente e fundador do Buscapé – site que iniciou a era de comparação de preços na Internet brasileira e que recebe mais de 30 milhões de visitas todos os meses -, a possibilidade de fazer cotação online deu ao consumidor um poder que antes ele não tinha.

“Niguém informava preço por telefone”, afirma Rodrigues. “Se uma pessoa quisesse comparar, teria de ir às lojas. Hoje isso pode ser feito com apenas um click.”

A concorrência, dessa forma, passa a ser muito maior, o que obrigará os varejistas a serem competitivos tanto na internet como no mundo real. Por isso, Rodrigues acredita que as empresas deverão arranjar maneiras de considerar os ganhos de um e de outro, estabelecendo um jeito melhor para contabilizá-los.

Atualmente, pesquisas indicam que o número de usuários de internet deve variar de 35 milhões a 50 milhões (a diferença existe porque alguns estudos levam em conta quem acessa só de casa ou casa e trabalho). Ao mesmo tempo, o comércio eletrônico já contabiliza 10 milhões de compradores online.

“De qualquer maneira, esse número é 30% acima do registrado em 2006 e cresce a uma velocidade maior que o aumento de usuários da web, devendo repetir ou superar esse índice em 2008”, explica Gastão Mattos, Coordenador do Comitê Varejo On-line, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), que faz levantamentos sobre o comportamento da web no Brasil e fornece os dados para o Provar elaborar o e-flation.

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