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Mato Grosso terá energia elétrica a partir do hidrogênio

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Já começou a contagem regressiva para a inauguração da primeira usina de hidrogênio a partir do álcool no Brasil. Em março, essa nova tecnologia de geração de energia limpa começará a beneficiar doze famílias da comunidade Pico do Amor, local isolado na região do distrito de Nossa Senhora da Guia (98 km de Cuiabá), que hoje contam com apenas sistema de energia solar.

A iniciativa é gerenciada pelas Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e a tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Para concretizar o projeto, participam ainda o governo estadual, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Prefeitura Municipal de Cuiabá e o Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool (Sindalcool).

Inicialmente, a usina fornecerá energia ao centro comunitário, à escola, ao posto de saúde e para cavar o poço artesiano com capacidade de produção de 20 mil litros de água. Em seguida, a capacidade será ampliada e abastecerá a unidade industrial comunitária, composta pela fábrica de doces e farinheira.

O projeto faz parte do Programa Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Eletronorte, que por ano investe 1% da receita líquida em iniciativas que tragam ganhos tecnológicos e sociais. Segundo o coordenador do projeto, Wlamir de Jesus, para a Usina de Hidrogênio é composta por uma tecnologia que retira o hidrogênio do etanol e alimenta um pólo da célula combustível; em seguida, o outro pólo é abastecido pelo oxigênio retirado do ar. Esta diferença de potencial gerada pelos dois combustíveis, que passa por um processo eletroquímico dentro da célula, transforma-se em eletricidade. “Esse sistema, batizado de reformador de etanol, é pioneiro no mundo e foi criado a partir de um trabalho de graduação de um grupo de alunos da Unicamp. O hidrogênio está em tudo, posso extraí-lo do ar, da biomassa ou do solo. Queremos ampliar o desenvolvimento desse equipamento, para assim aprofundar o conhecimento da técnica e alcançar a patente do produto para a produção nacional”, pontuou Wlamir.

A Sicme e a Fiemt são as responsáveis pela construção do prédio da usina de hidrogênio, que já está na fase final. O Sindalcool cedeu o tanque de álcool, com capacidade para 15 mil litros e fará o fornecimento do produto. A Unicamp, além de ofertar a tecnologia, capacitará os moradores para operarem a usina e, junto com a UFMT, ofertará uma equipe de professores para dar orientações técnicas. Para regularizar a situação dos terrenos, o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) fará a concessão de títulos das terras para todas as famílias, que até hoje não as tem.

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