Apesar de se mostrar otimista quanto ao pleno atendimento da demanda de energia no país em 2008 e 2009, o futuro ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não descarta um aumento nas tarifas para o consumidor. “Se houver elevação do preço, será pequena e no final deste ano”.
Segundo ele, existe um sistema de compensação: quando chove mais, a energia fica mais barata e sobra dinheiro. Esses recursos poderiam servir agora para minimizar a diferença de preço a partir do uso das térmicas.
Ele também citou medidas que considera positivas para o quadro de fornecimento de energia no país. Entre elas, a entrada em funcionamento de um gasoduto no Espírito Santo, prevista para feveriro. Segundo Lobão, isso vai permitir a geração de mais mil megawatts de energia nas térmicas.
Lobão afirmou, ainda, que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) já informou ao ministério que a perspectivas de chuvas são favoráveis no momento. “No mês de março, os reservatórios de Minas Gerais já estarão com água sobrando”.
Ele confirmou ter se reunido hoje com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. E disse não ter recebido nenhuma sinalização de cortes em recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do setor energético.
“O ministério é estratégico e precisa de investimentos. A energia é o motor do desenvolvimento do Brasil. Sem ela, a locomotiva pára”.