Depois de amargar dois anos consecutivos tendo mais demissões que contratações, a construção civil “virou o jogo” ano passado. O número de empregos (pedreiros, serventes, auxiliares e outros) criados com carteira de trabalho cresceu 180%. Somente de janeiro a novembro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, contabilizou a abertura de 1.035 mil vagas. Esse número pode ser superior, já que o balanço não contabiliza os dados de dezembro. As demissões totalizaram 604.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção Civil e Mobiliário (Siticom), Vilmar Galvão, o setor teve um saldo positivo, mas ainda esbarra em uma dificuldade – acabar com a informalidade. “A informalidade na construção civil é o câncer das pesquisas e avaliações estatísticas, em função que muitos trabalhadores atuam como autônomos, ou em empresas terceirizadas que não registra”, declarou. Muitas vezes, segundo o sindicalista, o curto tempo para execução de obras influencia na situação.
O número de vagas criadas pode superar os dados apresentadas pelo Caged, já que algumas empresas que prestam serviços são de fora, e, ao registrarem o trabalhador, os dados são incluídos para o município de onde são originárias.
Em 2006, mesmo período, foram geradas 371 postos de trabalho. As demissões, por outro lado, chegaram a 445. Em 2005, os desligamentos também superaram em 35% as contratações. Foram 389 admissões contra 568 demissões.
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