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Índice de reajuste dos aluguéis termina o ano com queda de 1,72%

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve de base para os reajustes de contratos de aluguel, teve deflação de 0,26% em dezembro. No mês passado, a taxa havia sido de 0,10%. Segundo o levantamento divulgado hoje (29) pela FGV, no acumulado do ano o índice apresenta queda de 1,72%. Essa é a primeira deflação anual desde o início da série histórica, em 1989.

O resultado de dezembro foi influenciado pela queda no Índice de Preços por Atacado (IPA), uma das três variáveis que compõem o IGP-M. O IPA ficou em -0,50%, influenciado principalmente pelos bens finais (-0,73%). A maior contribuição partiu dos alimentos in natura com variação de -6,15%, ante 4,50%.

Os bens intermediários apresentaram deflação de 0,22%, ante -0,18%. A taxa relativa a matérias-primas brutas caiu de 0,05% para -0,66%. As principais reduções nesse grupo foram verificadas no milho em grão, cujo índice passou de 5,22% para -3,38%; na cana-de-açúcar (de 4,36% para 0,71%); e nos suínos (de 4,61% para -3,48%).

No período, houve alta dos preços de café em grão (de -2,63% para 3,69%), das aves (de -0,91% para 2,00%) e do leite in natura (de -6,78% para -5,26%).

Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,20%, ante 0,14%, em novembro. Dos sete grupos de despesas, cinco tiveram acréscimos, com destaque para alimentação, cuja taxa passou de -0,11% para 0,05%. As frutas, que tinham caído 1,53%, tiveram variação de 3,92%. Os laticínios continuaram a apresentar deflação, porém, em ritmo que indica recuperação de preços (de -3,47% para -2,23%).

Em despesas diversas, a taxa subiu de -0,23% para 0,20%; em vestuário, de 0,63% para 0,95%; em educação, leitura e recreação, de 0,27% para 0,32%; e em saúde e cuidados pessoais, de 0,12% para 0,13%. No sentido oposto, houve decréscimo em transportes (de 0,38% para 0,22%), influenciado pelo álcool combustível, que apresentou taxa de 1,67%, ante 6,09%, e em habitação, cujo índice passou de 0,24% para 0,21%. Neste caso, o percentual foi inferior por causa da tarifa de telefone móvel ou celular, que apresentou variação de 0,05%, ante 1,33%.

Último componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,20%, um pouco acima da registrada em novembro (0,18%). Essa elevação foi puxada pelos materiais e equipamentos, com variação de 0,21%, ante 0,08%. No grupo serviços, a taxa passou de 0,44% para 0,33% e em mão de obra, de 0,21% para 0,16%.

 

 

 

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