Mato Grosso pode enfrentar novamente falta do gás veicular e industrial. A afirmação é do secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf. As reservas disponíveis na MT Gás teriam capacidade de atender a demanda por mais 30 dias, “caso a empresa Pantanal Energia, que faz o transporte do Gás da Bolívia até o Brasil, não renove seu contrato com a estatal boliviana”, afirma.
De acordo com Nadaf, “o governo do Estado fechou um convênio com a estatal boliviana YFP, por 10 anos. Nesse período nós temos a garantia no fornecimento do gás, ao preço que nos colocamos nas bombas para abastecer os veículos e nas indústrias. Mas estamos com outro problema. Compramos o transporte por meio do gasoduto, que é da Pantanal Energia e a empresa terminou seu contrato com a YFP. Então, agora nós temos o gás, temos o contrato, mas não temos como trazê-lo até Mato Grosso”, explicou.
“Estamos esperando a Pantanal Energia resolver isso o mais rápido possível”, declarou Nadaf, enfatizando que agora não é um problema cujo controle foge das mãos do governo. “Inclusive, no mês passado, nós diminuímos o preço do gás nas bombas para a população e agora estamos enfrentando essa situação”, finalizou.
De acordo com a MT Gás, o contrato que garante o abastecimento de gás natural por 10 anos para o envio de 35 mil metros cúbicos por dia foi assinado em setembro deste ano, em La Paz, na Bolívia, com a presença do presidente da Companhia Matogrossense de Gás (MT Gás) Helny de Paula e o presidente da YPFB, Carlos Villegas.