Deve ser apresentado, na próxima semana, o mapa da cadeia apícola na região de Sinop, confeccionado a partir dos dados colhidos pelo georreferenciamento realizado em diferentes propriedades que integram o projeto “Desenvolvimento da Apicultura na Região de Sinop”. Entre os principais benefícios está a identificação de todo processo produtivo bem como propiciar ao consumidor a garantia de consumir um produto de qualidade. Segundo o gestor do projeto, Joel Rossato, inicialmente o material não apontará qual o volume de mel produzido. No entanto, terá condições de revelar o total de caixas e comeias existentes.
“De posse destes dados conseguiremos tomar melhores decisões para a cadeia. Saberemos onde estão os apiários, suas distâncias da cidade e de outras propriedades, se há superpopulação apícola”, explicou, em entrevista ao Só Notícias. O representante do SEBRAE acrescenta, ainda, que os dados serão aliados do produtor porque dará maior segurança. “Vamos ter maior confiabilidade no produto porque saberemos de onde está vindo”, relatou Joel.
O georreferenciamento constitui um projeto piloto na região e permitirá também que apicultores tenham suas produções rastreadas nos mesmos moldes da cadeia bovina. A parceria foi estabelecida entre o Sebrae, Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, Confederação Brasileira de Apicultura. Inicialmente, 27 produtores (a maioria de Sinop) que integra a Associação dos Apicultores do Norte estão sendo visitados por técnicos de diferentes instituições como Indea, Empaer, Secretaria Municipal de Agricultura, UFMT, Apisnorte.
Os profissionais foram capacitados e atuam como multiplicadores. Os dados do setor apícola estimados no projeto de desenvolvimento revela as condições da atividade ser fomentada na região. Estima-se serem produzidas entre as cidades de Sinop, Sorriso, Nova Ubiratã, Vera, Santa Carmem, Porto dos Gaúchos, Feliz Natal, estimadas 100 a 105 toneladas de mel. Prospecta-se uma renda com a atividade em torno dos R$ 830 mil. O projeto visa, por exemplo, ampliar a inovação tecnológica do setor, implementar ações de comercialização e acesso a mercado. Fortalecer a governância – líderes – bem como incentivo às políticas públicas.
No campo dos resultados almejados estão: aumentar em 30% a produtividade das colmeias até dezembro de 2011, o número de apicultores participantes até 150, estender em 20% a produção de mel e em 20% a venda do produto na região.