Um dos principais motivos de queixas dos consumidores sinopenses no Procon, nos últimos quatro meses (15 de julho até a última sexta-feira) é relacionado a assuntos financeiros, que responderam por 39,09% das reclamações envolvendo desde tarifas de boletos, taxas, itens contratuais, cartões de crédito.
As reclamações para os serviços essenciais representaram 31,07% e abrangem o fornecimento de água, luz, telefone, entre outros. Na maioria das vezes esta área liderava o ranking das reclamações no órgão. O Procon não aponta um fator específico que tenha provocado esta inversão do quadro.
Na terceira posição entre os mais reclamados figura o setor de serviços, responsável por 24% dos problemas levados para o Procon resolver. Neste quesito está relacionada a famosa dor de cabeça do consumidor que comprou dificuldades, na empresa onde comprou, para obter assistência técnica. Ainda, esbarrou em produtos com defeito, de qualidade contestável e não obteve o suporte necessário na hora do atendimento.
Só Notícias apurou que, nestes quatro meses, houve 972 atendimento no Procon. Deste total, 569 tornaram-se reclamações, avançando para diferentes fases que o órgão percorre para que a empresa citada possa resolver o problema do consumidor.
Para diretora executiva, Ivete Mallmamn Franke, alguns estabelecimentos mudaram o comportamento frente ao consumidor e ao próprio Procon. O incentivo para isto seria a inclusão de Sinop no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), vinculado ao Ministério da Justiça. O mecanismo permite que o governo federal também acompanhe todo o processo de negociação desde o início.
Anualmente, por meio do Sindec, divulga-se o ranking das reclamações apresentando, inclusive, quais empresas compõem desagradaram. Em Sinop os dados acerca da reclamação começam a ser compilados junto ao sistema e, no próximo ano, será divulgada a lista. A diretora aposta em um série de ganhos. “Agora o Ministério da Justiça acompanha todo o processo desde o início até o fim do procedimento”, respaldou a representante, em entrevista ao Só Notícias.
Com o sistema o município ficará apto a emissão de multas. No entanto, devem começar somente no ano que vem. “Primeiro estamos organizando a nossa casa para depois iniciarmos a aplicação”, finalizou.