Um dos itens que puxou as vendas de materiais para construção para cima no mês passado foi o cimento. E o consumidor foi beneficiado, já que o preço médio do produto, praticado no mercado local é de R$ 18,90, apresentando retração de 10% em relação aos preços anteriores, de R$ 21. Em julho, o produto atingiu uma das suas maiores cotações do ano, chegando a R$ 23. O motivo foi a demanda, que cresceu mais que a oferta do produto nos estabelecimentos. Outro fator que beneficiou os consumidores foi a manutenção dos preços de outros produtos.
Dados que comprovam o aquecimento no consumo de cimento foram publicados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). De janeiro a julho, o consumo do produto em Mato Grosso totalizou 570,836 mil toneladas, enquanto que no mesmo período do ano passado, o volume atingiu 549,965 mil toneladas, o que representa um incremento de 3,7% este ano. O diretor do Sindicato das Indústrias da Construção Civil em Mato Grosso (Sinduscon-MT), Júlio Flávio Miranda, explica que a demanda cresceu bastante em decorrência das obras de habitação populares e também de empreendimentos privados, como prédios e condomínios horizontais.
“O crescimento também é motivado pelas reformas e ampliações residenciais. Com mais dinheiro no bolso, as famílias têm mais condições de investir na moradia e por conta própria contratam um pedreiro para executar uma obra, e aquece o setor”, explica Miranda ao complementar que o acesso facilitado ao crédito também tem contribuído para a performance positiva.
Outros itens que também colaboraram para a expansão nas vendas foram os tijolos, aço e madeira. O dono da Moinho Material de Construção, Antônio Vicente Arruda, diz que estes produtos mantiveram os preços ao longo do ano, o que fez com que o consumidor investisse na reforma.