Municípios de Mato Grosso continuam apertando o cinto e contendo despesas para chegar no final do ano com equilíbrio fiscal. No entanto, em muitas prefeituras as perdas geradas principalmente pela redução na transferência de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS já atingem expressivas cifras. Somente em Sorriso – campeã brasileira na produção de soja – o poder público deixou de receber de janeiro a agosto mais de R$ 5,5 milhões. Isto representa menos obras na cidade. De acordo com a Secretaria de Fazenda, este valor equivale a 18,44% das receitas previstas para o período, estimadas em R$ 30 milhões.
Em Sorriso, também não entraram no caixa 24,19% do previsto via Fundo Nacional de Saúde. Isto representa R$1,269 milhão a menos para a saúde. Os dados compilados pela prefeitura revelam que parte das perdas foram compensadas pela arrecadação de impostos municipais como IPTU e pela transferência de recursos do Governo Federal para execução de obras na travessia urbana da BR-163, cujo valor ultrapassa R$ 15,2 milhões.
Entre maio e agosto (2ª quadrimestre) Sorriso recebeu R$ 4 milhões em FPM. A meta é encerrar o ano com R$ 15 milhões. Em ICMS foram R$ 8,3 milhões. Em quatro meses as transferências totais para a cidade chegaram a R$ 23,5 milhões.
A queda dos repasses deve afetar a arrecadação final do município que pode encerrar dezembro com R$ 76 milhões em caixa. O orçamento previsto para este ano é de aproximadamente R$ 100 milhões.
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